quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Planejamento de gastos permite começar o ano no azul

O Natal já passou e quem pensa que, com ele, também acabou a onda de consumismo e gastos está enganado. Mesmo depois do fim da tradicional temporada anual de compras, muitas pessoas lotam lojas e shoppings em busca de promoções, liquidações e de olho nos preparativos para a festa de Réveillon.
Somem-se a esse quadro as viagens e as despesas com o período de férias, além das tradicionais contas de início de ano, como IPVA, IPTU, matrícula e material escolar. De acordo com especialistas, é neste cenário que as estatísticas de superendividamento e inadimplência ganham força.
Apesar de a época ser propícia para um consumismo maior, alguns cuidados devem ser tomados para evitar situações delicadas e surpresas com a chegada da fatura do cartão, acúmulo de contas etc.
Confira as dicas:
1. Prepare previamente uma lista com os produtos que precisam ser adquiridos, separando-os por gênero (alimentos, itens para as férias, vestuário etc.).
2. Confira a lista e verifique o que pode ser descartado ou substituído por um item mais econômico.
3. Apesar da correria entre Natal e Ano Novo, vale a pena comparar preços, seja para a ceia de Réveillon, sejam artigos para viagens.
4. Cuidado com as facilidades de pagamento, prazos muito longos e pagamentos para depois das festas. Se não for possível comprar à vista, opte por prazos menores e entrada no ato da compra.
5. Evite utilizar limites bancários (cheque especial) e controle os gastos no cartão de crédito.
Com planejamento e alguns cuidados, é possível aproveitar o período de festas e utilizar as férias para relaxar um pouco. Mas, lembre-se: manter reservas financeiras e preparar uma poupança para imprevistos são rotinas que, além de tudo, devem fazer parte da cadeia de consumo. Afinal, consumo consciente é a garantia de um ano de inúmeras oportunidades.
Referência: InfoMoney

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Crimes ambientais: você sabe como denunciar?

Os crimes que envolvem o meio ambiente são observados por muitas pessoas, que muitas vezes não sabem como denunciá-los



Muitas vezes, ao avistar queimadas, desmatamentos, entre outros crimes ambientais, em áreas verdes. Porém, ao observar essas infrações, muitas pessoas não sabem ou tem dúvidas sobre os serviços de denúncia para crimes ambientais. Confira, abaixo, quais são os órgãos responsáveis pela apreensão dos responsáveis por esse tipo de crime.

O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) responde pela fiscalização, controle e execução das áreas ambientais. O órgão também deve manter a integridade das reservas legais. Resumidamente, o Ibama é responsável pela conservação e manutenção do ambiente.

Para denunciar crimes ao Ibama, através da chamada Linha Verde (0800 61 8080) ou através do e-mail linhaverde.sede@ibama.gov.br.

Porém, se o crime envolver comércio ou transporte ilegal de animais silvestres brasileiros, a recomendação é acionar a Renctas (Rede Nacional Contra o Tráfico de Animais Silvestres) através deste link. Se o caso for maus tratos contra animais peçonhentos ou venenosos, a dica é contatar o Instituto Butantã, através do telefone (11) 3726 7222.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Como economizar combustível.

Dez dicas para ajudar você a diminuir a sede do seu carro. Nos segmentos de entrada, um dos itens mais observados pelo consumidor, além do preço, é o consumo de combustível. Sinônimo de economia de dinheiro ou fonte de desperdício, o consumo reflete inúmeros fatores, indo além da potência do motor e peso do carro. Como diversas coisas podem melhorar (ou piorar) o quando de combustível seu carro gasta, o WebMotors reuniu dez itens que podem te ajudar a diminuir a sede do seu automóvel.

1 - Mantenha os pneus corretamente calibrados
Parece um detalhe, mas manter seus pneus calibrados pode melhorar – e muito – o consumo de seu carro. A pressão deve ser conferida, no mínimo, a cada 15 dias, sendo o ideal uma verificação semanal. A pressão correta está indicada no manual do proprietário, em um adesivo na coluna B do lado esquerdo ou em um adesivo no bocal de combustível. Um detalhe importante: a calibragem deve ser feita com o pneu frio, logo após o veículo sair da garagem. Após alguns quilômetros, o ar dentro do pneu esquenta, aumentando a pressão interna e interferindo na medição.

2 - Abuse do câmbio
Quanto mais elevada a rotação do motor, mais combustível ele gasta. Por isso, não tenha receio em trocar as marchas abaixo dos 3 mil rpm. Em veículos com o câmbio curto, como hatches 1.0, é possível engatar a 5º marcha a 50 km/h, abaixando a rotação do motor e melhorando o consumo. Em terrenos planos e com o carro vazio, é possível também “pular” as marchas, passando da terceira para a quinta, por exemplo.

3 - Na descida, freio motor
Entrou em uma descida longa? Reduza a marcha. Deixar o carro descer uma ladeira em 3º marcha a 50 km/h não significa que você esteja gastando combustível ou judiando do motor. Em todos os modelos com injeção eletrônica, ao retirar o pé do acelerador o sistema corta o envio de combustível aos cilindros, o chamado cut-off. Desta maneira, é possível descer grandes desníveis sem gastar uma gota sequer de combustível. Outro benefício dessa postura é a segurança: usando o freio motor, o motorista ganha uma reserva de segurança no freio de serviço (pelo pedal).

4 - Já verificou os filtros?
Responsáveis por proteger o motor da sujeira externa, os filtros de ar e de combustível devem ser trocados sempre no intervalo recomendado pelo fabricante (ou antes disso, em situações de uso severo, como lugares empoeirados). Se ficarem muito sujos, os filtros perdem eficiência, prejudicando a queima do combustível – e aumentando o consumo.

5 - Porta malas sempre vazio
Antigamente era comum que os carros levassem um kit de reparo rápido no porta-malas, incluindo ferramentas e peças sobressalentes. Com o aumento da confiabilidade dos novos modelos e a disseminação dos auto-socorros 24 horas, levar peso extra no porta-malas só favorece o consumo elevado. Quanto mais quilos extras o veículo carrega, mais esforço ele precisa para se locomover. O resultado disso é um consumo de combustível maior. O mesmo vale ao andar com o tanque cheio, mas o aumento na frequência dos abastecimentos pode incomodar.

6 – Motor bom é motor quente
O projeto do motor a combustão faz com que seu melhor rendimento possível seja obtido no ciclo quente – e bota quente nisso, com a temperatura girando entre 97ºC e 103ºC, dependendo do combustível utilizado. Até chegar nesta temperatura, a injeção eletrônica envia mais combustível para os cilindros, para esquentar o bloco mais rapidamente, mas gastando mais combustível. O jeito é esquentar o motor mais rápido. E a melhor maneira para isso não é ligar o carro cinco minutos antes de sair de casa. O melhor método para acelerar o processo de aquecimento é sair com o veículo logo após a partida – mas sempre a baixas rotações, até o motor chegar à sua temperatura ideal.

7 – Ficou parado? Desligue o carro
Recurso cada vez mais popular na Europa, o start-stop começou a ser oferecido no Brasil recentemente, mas só em modelos caros, como o smart ForTwo mhd. Automático, o sistema desliga o motor em paradas mais longas para economizar combustível. Em congestionamentos ou semáforos com tempo de parada elevado, você pode fazer o mesmo com seu carro, desligando o motor. O índice varia entre os modelos, mas geralmente vale a pena desligar o automóvel quanto o tempo de parada supera os 30 segundos.

8 – Planeje seu caminho
Sempre que o carro para, é necessário mais combustível para tirá-lo da inércia novamente. Além disso, manter-se em velocidade constante é mais econômico do que acelerar e frear constantemente. Com isso em mente, planeje sua rota antes de sair de casa. Usar um caminho mais longo, mas com menos semáforos e paradas pode ser mais vantajoso do que optar pela rota mais curta. Procure também evitar subidas íngremes.

9 – Modere o ar-condicionado
Principalmente no verão, o ar-condicionado torna-se um item quase indispensável. Contudo, seu compressor rouba potência do motor, aumentando o consumo e reduzindo a força disponível para o motorista. Reduza o uso do ar-condicionado sempre que possível. Ao retirar o carro de uma vaga sob o sol, abra as janelas e ligue o sistema de ventilação, para facilitar a saída do ar quente. Somente após isso ligue o ar-condicionado. Desligar o acessório em subidas também ajuda a melhorar o consumo.

10 – Toda pressa tem seu preço
Se você quer aproveitar toda a potência de seu carro e ganhar tempo em seus deslocamentos, saiba que sua conduta prejudicará diretamente o consumo do veículo. Ao acelerar menos em arrancadas ou retomadas, você evita gastos desnecessários de combustível – e chegará à velocidade de cruzeiro poucos segundos após alguém que tenha acelerado mais. Andar em um ritmo mais lento pode ser estranho no início, mas a economia vale a pena. E, no final, todos chegarão ao seu destino da mesma maneira.

Extra: Controle o seu consumo
Medir o consumo do seu carro é simples. Encha o tanque do carro ao abastecer e marque a quilometragem no hodômetro. No próximo abastecimento, peça novamente para o frentista encher o tanque e anote a quilometragem. Depois, divida o quanto você rodou pelo quanto de combustível que entrou na bomba. Pronto, você terá o consumo do seu carro, em km/l.

Gostou das dicas? Então aplique algumas delas (ou todas!) e conte para o WebMotors o resultado, no e-mail contato@webmotors.com.br.
Texto: Rodrigo Ribeiro

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Com atitudes corretas, horário de verão ajuda a economizar energia

O Horário de Verão entrou em vigor no último dia 17 e tem término previsto para 20 de fevereiro de 2011.
Segundo dados do Ministério de Minas e Energia, a previsão é de que o adiantamento em 1 hora dos relógios provoque uma redução média de 5% na demanda de energia elétrica no horário de pico, das 19h às 21h.

A medida, que abrange as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, além de proporcionar um ambiente mais agradável para a hora do happy hour, com as atitudes corretas, também traz economia nos gastos com a conta de luz.

Dicas:

Aproveite o maior tempo de luminosidade e abra bem as janelas, cortinas e persianas, adiando um pouco o horário de acender as lâmpadas de casa. Na hora de estudar, uma boa opção é o uso da iluminação dirigida (spots), que, de acordo com a Eletrobrás, torna o ambiente mais agradável e gera economia.

O chuveiro elétrico é um dos grandes vilões do consumo de energia. Segundo dados da Eletrobrás, o aparelho responde por cerca de 24% da conta de luz de uma residência. Com as temperaturas mais altas, coloque a chave na posição verão, além de evitar usá-lo entre 18h e 21h, a medida pode significar uma economia na casa dos 30% em relação ao uso do chuveiro no modo inverno.

Vale lembrar que alguns eletrodomésticos, como geladeiras, freezers, aparelhos de ar-condicionado, motores, coletores solares e lâmpadas, têm consumo medido por centros de pesquisas do governo. Os mais eficientes ganham o Selo Procel. Na hora da compra, escolha esses modelos.

Referência: InfoMoney

Os 5 passos para começar a investir…

Por giselaadvfn em 3 de Novembro, 2010 às 9:22 na categoria Geral
Começar a investir é sempre uma incógnita para qualquer pessoa. Surgem, com a ideia de investimento no mercado, diversas dúvidas e medos, o que é normal para todo peixe novo no mar da bolsa de valores.
Para ajudar com seus primeiros passos em direção ao mundo dos investimentos na bolsa de valores, sepa- ramos cinco dicas fundamentais para que eles sejam em direção ao sucesso. Tome nota e bons investimentos.
1. Aprenda a ler realmente – Acho que todos nós sabemos a importância da leitura para qualquer área de nossa vida. O primeiro passo para começar a investir é conhecer exatamente onde você está entrando. Saber como funciona o mercado, o que é cada componente dele, entre outros detalhes fundamentais. Depois, ler sobre a experiência de outras pessoas que já estão há mais tempo e, o essencial, sempre ler revistas e jornais com as notícias do mercado e das empresas pelas quais está interessado, bem como as informações enviadas pelo RI dessas companhias e pela Bovespa. Não entre no mercado completamente desinformado, pois ele tem como base os acontecimentos e informações diários, gira em torno do que está acontecendo no mundo.
2. Tenha uma boa assessoria – Para começar algo novo, é sempre muito importante ter ao seu lado um profissional ou profundo entendedor da área para ajudar nos primeiros passos. Funciona assim também no mercado financeiro. Quando se está começando a investir, a corretora ou o banco escolhido tem de dar total apoio nas tomadas de decisão do cliente. Claro que isso exige que você gaste dinheiro, pois essas assessorias são cobradas e, de quanto mais ajuda você precisar, mais caro vai pagar. Entretanto, o investimento compensa muito mais do que entrar de cabeça no mercado, e pior, sem saber o que está fazendo. Pesquise a melhor corretora ou banco e o melhor preço para o que você precisa e se lembre de que nem sempre preço é sinal de qualidade.
3. Só invista aquilo que não for precisar – O maior erro de quem quer multiplicar seu capital é usar o dinheiro necessário para a sobrevivência. Investir é sim muito importante, mas o conceito disso diz que deve ser feito com o que temos sobrando ou que guardamos justamente para esse fim. Nunca se pode investir aquilo que vamos precisar para fins primordiais por dois motivos:
• O primeiro é que, se você vai precisar em breve, não há tempo de manipular esse bem a ponto de ele lhe trazer benefícios. Portanto, esse investimento vai apenas gerar custos desnecessários e lucro baixo.
• O segundo é o risco de perder aquilo que você não pode. Claro que perder é sempre ruim, mas perder por exemplo um dinheiro que estava reservando para algo essencial é pior ainda. A bolsa não é 100% segura, por isso, só arrisque o que não irá fazer tanta falta a você.
4. diversifique sua carteira, mas mantenha-se informado – Todos ouvimos dizer que a melhor maneira de se resguardar contra as oscilações na bolsa é diversificando nossa carteira de ativos. Falam que isso diminui o risco de perdas, já que seu dinheiro está espalhado por diversas empresas ou até setores diferentes. Isso é verdade, mas tenha cuidado com essa diversificação se você não for uma pessoa cem por cento antenada nas novidades e notícias do mercado. Warren Buffett é o maior investidor do mercado e diz que não diversifica suas ações, pois é necessário conhecer a fundo as companhias em que investe. Se você diversifica muito, é incapaz de acompanhar cada uma. Claro que estamos falando de um grande investidor. No caso de pequenos investidores, o que possuímos de informação é aquilo que a mídia e as em- presas divulgam. Quando se tem um ativo em sua carteira, é primordial o acompanhamento da companhia. Deve-se estar a par das notícias e novidades ocorridas dentro dela para não ser pego de surpresa por algum contratempo e poder correr na hora certa, se necessário. Segurar um ativo por falta de informação pode ser muito perigoso e trazer prejuízos imensos. Portanto, diversifique sim, mas sempre de maneira a poder acompanhar cada uma das empresas nas quais seus investimentos estão sendo feitos.
5. deixe de lado o sentimentalismo – Duas coisas que não combinam são mercado financeiro e sentimentalismo. Caso seja do tipo que se apega fácil aos bens materiais, pode começar a se desfazer desse sentimento de posse antes de entrar no mercado. Apegar-se a um ativo por gostar da empresa, por ter sido seu primeiro ativo ou qualquer outro motivo não é nada saudável para o mercado financeiro. Na bolsa, você tem hora certa de comprar e vender, e deixar passar uma oportunidade por sentimentalismo pode ser fatal para seus investimentos. Está achando isso absurdo? Como alguém se apega a uma ação? Acredite, acontece muito e esse é um dos principais motivos dos prejuízos na bolsa. O que vai comandar a compra ou a venda de um ativo é a análise fundamentalista e técnica dele, e nunca o feeling de cada investidor.

Gisela Ribeiro – Gerente de suporte ao usuário ADVFN ( gisela@advfn.com.br )

Primeiros passos para a independência financeira

Entre as coisas consideradas extremamente importantes no processo de busca da independência financeira, a compreensão das três palavras mágicas: economizar, poupar e investir é fundamental!
Ao tomar decisões de economizar em casa, baseado nos pilares “economizar/poupar/investir”, a pessoa já está se treinando para lidar também com as finanças dela de uma forma geral.
Colocando em prática esses conceitos para tudo relacionado a dinheiro (e não apenas à economia doméstica), o acúmulo de patrimônio será algo natural e, consequentemente, o alcance da independência financeira.

Referência: Blog Quero ficar rico

COMO DIZER NÃO AOS GASTOS

Devemos refletir sobre como dividir os rendimentos, de forma a atender nossas necessidades básicas, as coisas supérfluas, e nossos objetivos financeiros de curto e longo prazos.

E essa divisão está diretamente relacionada ao que você pensa... entre poupar para o futuro e se privar agora, ou gastar agora e não ter o futuro garantido. O correto seria balancear essa equação, para poder aproveitar ambos os momentos. Entretanto, sempre haverá uma pessoa que chega e diz: “E se eu morrer amanhã? De que adiantou poupar tanto?” para defender os gastos agora. Também existe outra pessoa que diria: “Prefiro me privar agora para aproveitar justamente quando mais precisarei: quando me aposentar”. Sendo assim, o que fazer?

O segredo é definir claramente os objetivos financeiros. Assim fica mais fácil pensar: “Vale a pena comprar esse celular, e adiar minha viagem por mais dois meses, ou posso ficar um pouco mais com o que já tenho?”. Dependendo do quanto você queira comprar determinado bem agora, pode ser que você abra mão de algum objetivo para ter esse bem hoje. E estar satisfeito no presente é tão importante quanto estar satisfeito no futuro.

Assim, faça seus planos, defina seus objetivos, coloque-os em prática; mas aproveite seus finais de semana, datas comemorativas, férias e outros momentos especiais com as pessoas que estão ao seu redor.

Não existe um perfil de pessoa que sirva de exemplo para isso: o super-poupador ou o super-gastador. O melhor a fazer é tentar se satisfazer com o que se tem agora e estar feliz com o andamento dos seus planos para o futuro.


Referência: site Quero Ficar Rico

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Parecer do TCU pode adiar TAV

24/11/2010 - O Estado de S. Paulo

O relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre o trem-bala brasileiro virou uma das armas dos investidores para tentar adiar a entrega das propostas, marcada para segunda-feira. No documento, os ministros do tribunal destacam as inconsistências do projeto e do traçado referencial, que deverá sofrer inúmeras modificações.

As alterações terão reflexo direto nas estimativas de orçamento, já que o traçado foi usado como base para definir a quantidade de obras e serviços. Isso, conforme o relatório, é resultado de um trabalho com poucas informações objetivas e quase nenhuma sondagem. Reportagem publicada pelo Estado, no domingo, mostrou todo o trajeto do trem-bala e as dificuldades que o construtor terá pela frente.

Além de áreas altamente povoadas, a linha passará por regiões de preservação ambiental e relevo acidentado. O TCU avaliou todas essas questões e, num dos itens do relatório, afirma que os estudos não levaram em consideração as características de um solo tropical. "A declividade usada (no estudo) para todos os taludes considera solos sedimentares glaciais, de baixa resistência e estabilidade, encontrados na Europa, extremamente diferentes dos solos tropicais, mais resistentes."

Alto risco. Outro ponto do relatório destacado pelos investidores é a ausência de informações para definir que tipo de obra civil é mais adequada para algumas áreas. É o caso, por exemplo, do trecho de 61 quilômetros (km) entre Lorena e Jacareí, em São Paulo. O orçamento prevê o aterramento da área. Mas, segundo o TCU, as condições de solo podem exigir a construção de viadutos longos e baixos. Só essa mudança elevaria o orçamento de R$ 268 milhões para R$ 4,2 bilhões.

"Esse é um projeto de alto risco em qualquer lugar do mundo. Não se pode ter pressa para concluir o processo. É preciso mais tempo para discutir o projeto", afirma um investidor, que prefere não se identificar. O volume de investimento do TAV é de R$ 33 bilhões, mas esse número poderia atingir R$ 50 bilhões com as inúmeras mudanças previstas.
Além das questão geológica, que podem alterar o custo do projeto, há também os riscos de demanda, afirma o diretor-presidente da Asian Trade Link, Marco Polo Moreira Leite, representante do consórcio chinês. Ele está entre os investidores que defendem o adiamento da entrega das propostas, na segunda.

Na semana passada, representantes do governo estiveram reunidos com empresários brasileiros, espanhóis, chineses, alemães, coreanos, franceses e japoneses para discutir alguns pontos do edital do trem-bala. Quase todos solicitaram o adiamento da licitação.

"Está chegando um monte de informação de última hora que provoca um trabalho imenso de refazer nossos modelos financeiros", explicou a fonte que pediu anonimato. Uma das reclamações foi a edição de uma Medida Provisória, estabelecendo o volume de recursos que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) poderá pôr no projeto, faltando 21 dias para o prazo final da entrega das propostas.

Entidades ligadas ao setor ferroviário também resolveram fortalecer o coro dos empresários que querem o adiamento do leilão do trem-bala. A Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (Abifer) e o Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários (Simefre) devem encaminhar uma carta ao diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Bernardo Figueiredo, pedindo o adiamento da licitação por seis meses.

Para o presidente da Abifer, Vicente Abate, se o governo insistir na data, haverá "grande risco" de empresas que demonstraram interesse inicial pelo projeto ficarem de fora da disputa. Até agora o governo tem se mantido irredutível no cronograma.

Pontos polêmicos

Atraso

Autorização para que o BNDES possa financiar parte do projeto só foi concedida há duas semanas, por Medida Provisória.

Discrepâncias

Relatórios de consultorias contratadas pelo governo têm discrepâncias enormes nos custos do projeto. Um documento aponta investimento de R$ 33,1 bilhões. Estudo inicial calculava em R$ 63,4 bilhões.

Pouco prazo

Prazo entre as datas de publicação do edital e entrega da documentação dos consórcios não é suficiente para que as informações, estudos e projetos apresentados pelo governo sejam convenientemente analisados e checados.

Avaliação

Edital não contempla avaliação qualitativa de pontos como segurança, conforto, pontualidade, regularidade, eficiência, etc.

TAV fica para abril de 2011

26/11/2010

A ANTT anunciou na tarde desta sexta-feira (26/11) o adiamento da licitação do TAV. A nova data para entrega das propostas será 11 de abril e o leilão para a escolha do consórcio vencedor passou para 29 de abril. A decisão foi anunciada após a reunião do diretor-geral da ANTT, Bernardo Figueiredo, com investidores.

A entrega das propostas estava marcada para esta segunda-feira, 29 de novembro, e o leilão aconteceria em 16 de dezembro.

A ANTT deve publicar uma nota oficial ainda hoje.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Dia Mundial da Qualidade

O Dia Mundial da Qualidade foi criado pela Organização das Nações Unidas em 1990 para aumentar a consciência mundial da importante contribuição que a qualidade faz no sentido de uma nação eo crescimento da organização e da prosperidade.

O objetivo

O propósito do Dia Mundial da Qualidade é promover a conscientização da qualidade de todo o mundo e encorajar indivíduos e organizações de crescimento e prosperidade.
Numa economia global onde o sucesso depende da qualidade, inovação e sustentabilidade, World Quality Day é a sua chance de reforçar essas como bases de sua organização e foco na importância da qualidade.


Por que qualidade?

O termo qualidade está em toda parte, em todos os aspectos da vida. Para as organizações, no entanto, a implantação de abordagens de qualidade é um requisito prévio para a criação de um negócio sustentável.


Abordagens da qualidade pode beneficiar a sua organização de várias maneiras:

- melhorar a satisfação do cliente

- reduzir custos e melhorar a rentabilidade

- melhoria e apoio à inovação

- ajudar a identificar e gerenciar riscos

- garantir cuidados e responsabilidade corporativa

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Para Pensar

Não importa quem somos, onde estamos e o que fazemos, todos nós dependemos da água. Necessitamos da água todos os dias, de muitas maneiras, para nos mantermos saudáveis, A água nutre as plantas, serve de habitat aos peixes e aos organismos aquáticos e torna possível a agricultura. Os mares, rios e lagos permitem o transporte e as atividades de lazer.
Entretanto, apesar da importância dos recursos hídricos em nossas vidas e para nosso bem estar, eles são cada vez mais desrespeitados por nós. Nós abusamos deles. Nós os desperdiçamos. Nós os poluímos, esquecendo como são essenciais para nossa própria sobrevivência.
Toda água do planeta se mantém em constante movimento, passando do estado gasoso - proveniente da evaporação de todas as superfícies úmidas - mares, rios e lagos, pelo estado líquido - nos oceanos (água salgada), rios e lagos (água doce) e no subsolo, constituindo os chamados lençóis freáticos e pelo estado sólido - nas regiões frias do planeta, nos pólos.
É o chamado ciclo hidrológico que sustenta a vida na Terra
“Pensar globalmente, agir localmente é um trabalho de formiguinha, de convencimento, de articulação, onde cada iniciativa pontual depende de muito empenho e afinco das pessoas e entidades envolvidas. Serão necessários, contudo, muitos anos e mesmo décadas até que a multiplicação de iniciativas isoladas e interligadas produza a massa crítica suficiente para promover a transformação social global.”

Bruno Saturnino Braga, ex-subsecretário de Estado de desenvolvimento econômico e Turismo do RJ

SP tem quase 3 mil terrenos contaminados

18/10/2010 08h19 - Atualizado em 18/10/2010 08h19

Número refere-se apenas a áreas monitoradas.
Em Rosana, duas crianças foram contaminadas por mercúrio.
Do G1 SP, com informações do Bom Dia Brasil

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O estado de São Paulo tem quase 3 mil terrenos contaminados com produtos químicos. O número refere-se apenas a terrenos que são monitorados pelos municípios e autoridades ambientais. Há ainda aqueles em que o lixo é jogado sem qualquer tipo de fiscalização.

Entre as vítimas desses terrenos contaminados estão duas crianças de Rosana, no interior do estado. Elas encontraram embalagens tóxicas em um terreno e acharam graça nas bolinhas de metal. Levaramo produto para casa e depois para a escola. Mais de 50 pessoas foram contaminadas com mercúrio.

“Duas crianças não comem direito, estão perdendo peso. Leva para o hospital, toma remédio para febre e volta", conta a dona de casa Solange Antunes de Andrade, mãe das crianças. “Espero que seja feita justiça. Até agora não falaram nada, não se sabe de onde vem, o que vai acontecer”, reclama o pai das crianças, Douglas Monteiro Padilha.

saiba mais

Prefeitura do interior de SP é multada por contaminação por mercúrio Na mesma época, em um segundo terreno da cidade, mais mercúrio foi encontrado em uma área que pertencia à prefeitura. O produto estava misturado a lixo hospitalar. “Tudo indica que seja de clínica odontológica devido ao material que constava na sacola de lixo, que eram restos de medicamentos, materiais usados em consultório de dentista”, aponta o secretário municipal de Saúde de Rosana, David Rodrigues.

Terrenos baldios, abandonados, repletos de lixo, não existem só no interior. Em um bairro nobre da Zona Sul de São Paulo, não é difícil entrar em uma área pública. É só passar por blocos de concreto. No local é jogado todo tipo de lixo: restos de construção, jardinagem e também lixo doméstico. O lixo fica bem embaixo de uma placa da prefeitura que diz “proibido jogar lixo e entulho. Multa para crime ambiental R$ 500”.

Bem mais grave é a situação flagrada em Vitória da Conquista, na Bahia. Sacolas carregadas com dezenas de seringas usadas, agulhas, e material de laboratório à margem de uma rodovia.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

O preço que a empresa paga pelo descaso com a segurança do trabalho.

A Advocacia-Geral da União (AGU) conseguiu, na Justiça, decisão que obriga uma empresa de supermercados a devolver aos cofres públicos pensão paga pelo Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) à família de um funcionário que morreu enquanto manuseava um compactador de lixo orgânico mal instalado.

Diante da irresponsabilidade que não ofereceu suporte e segurança necessárias ao trabalho, o INSS será ressarcido em R$ 655 mil. Em 2009, um motorista do supermercado teve a mão e a cabeça esmagadas pelo maquinário sem qualquer possibilidade de interrupção do processo, pois inexistiam sistemas emergenciais de travamento e desligamento, além do bloqueio visual daquele que o acionou.

Logo após o acidente de trabalho, o INSS prestou assistência à família do segurado, conforme estipula a lei nº 8.213/91 que institui as ações da autarquia previdenciária.

Entretanto, a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Estado do Paraná (SRTE/PR) investigou o caso e concluiu que é da empresa a culpa pelo acidente. Com o evidente descumprimento de normas de segurança do trabalho, o Instituto acionou a Justiça para reaver da rede de supermercados as parcelas pagas à família da vítima.

A Procuradoria-Geral Federal (PGF) e a Procuradoria Federal no Paraná (PF/PR) lembraram que a Constituição Federal de 1988 assegura em seu artigo 7º a integridade física, moral e psíquica do trabalhador, estando o empregador público e privado responsável por isso.

Conforme consta no relatório da SRTE/PR, confirmado pela PF/PR, a empresa não deu qualquer tipo de orientação sobre os perigos de manuseio da compactadora e tão pouco disponibilizou Equipamentos de Proteção Individual (EPI) aos funcionários.

Além disso, a máquina não tinha travas de segurança, sinais de alerta ou mesmo permitia a visualização do operador, que se encontrava dentro do estabelecimento.

Diante desses argumentos e considerando também provas que foram apresentadas no caso, o juízo da 1ª Vara Federal de Curitiba/PR acolheu a solicitação da AGU e determinou o ressarcimento ao INSS, pela empresa, de R$ 655 mil, referentes às parcelas vencidas já pagas a família do trabalhador.

Fonte: Advocacia-Geral da União, 22.10.2010

Projeto de Lei: Proposta dobra estabilidade em casos de acidente de trabalho.

A Câmara analisa o Projeto de Lei 7217/10, da deputada Jô Moraes (PCdoB-MG) e outros, que dobra o prazo de estabilidade no emprego para trabalhadores vítimas de acidente de trabalho.

O prazo pela legislação atual (Lei 8.213/91) é de 12 meses, contados a partir do fim do período a que o trabalhador tem direito ao auxílio-doença. Pela proposta, o prazo mínimo de estabilidade passará a ser de 24 meses após o fim do auxílio-doença.

A projeto ainda permite ampliação maior do prazo em caso de sequelas permanentes. A ampliação será proporcional à gravidade das sequelas, na seguinte escala:

- 60 meses se 20% da capacidade for comprometida;
- 72 meses se 30% da capacidade for comprometida;
- 96 meses se 40% da capacidade for comprometida; e
- por prazo indeterminado se 60% ou mais da capacidade for comprometida.

Proteção - Os autores justificam que o trabalhador, ao retornar à atividade, após afastamento em benefício de auxílio-doença concedido em razão de acidente de trabalho, não se encontra totalmente apto a desempenhar todas as suas funções. “A manutenção do contrato de trabalho na empresa, por mais de 12 meses, representará uma proteção ao trabalhador”, argumentam.

Além de Jô Moraes, assinam o projeto os deputados Pepe Vargas (PT-RS), Ricardo Berzoini (PT-SP), Roberto Santiago (PV-SP) e Paulo Pereira da Silva (PDT-SP).

Tramitação - O projeto, que tramita apensado ao PL 1780/07, do deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA), que trata do mesmo tema, será analisado pelas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; e de Constituição, de Justiça e de Cidadania, antes de ser votado pelo Plenário.

Fonte: Câmara dos Deputados, 20.10.2010

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Técnicos da UFSC treinam estudantes para o Trem Pé-Vermelho

Duzentos estudantes de vários cursos de graduação da Universidade Estadual de Londrina (UEL) participam nesta quarta-feira (20), de treinamento com especialistas do Laboratório de Transporte e Logística da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Eles serão capacitados para mais uma etapa do Projeto do Trem Pé-Vermelho: a pesquisa de demanda prevista para os dias 22, 23, 24 e 26 deste mês.

A geógrafa e urbanista Yoshiya Nakagawara Ferreira, docente do Departamento de Geociências da UEL, é a coordenadora geral do Projeto do Trem Pé-Vermelho, da Região de Londrina. Ela explica que a pesquisa de campo será dirigida pela Universidade Federal de Santa Catarina. Envolverá 200 estudantes da UEL e 150 da Universidade Estadual de Maringá.

Para o desenvolvimento da atividade, os universitários farão a pesquisa dentro dos ônibus e nos postos da Polícia Rodoviária, para ouvir também usuários de veículos particulares. Eles precisarão avaliar a demanda potencial de usuários do Trem Pé-Vermelho, dados que darão subsídios para a implantação deste serviço de transporte. A meta é que o Trem percorra 152 quilômetros, ligando 13 municípios: Paiçandu, Maringá, Sarandi, Marialva, Mandaguari, Jandaia do Sul, Cambira, Apucarana, Arapongas, Rolândia, Cambé, Londrina e Ibiporã - atendendo uma população de cerca de 2 milhões de habitantes.

O Trem Pé-Vermelho é um projeto do Ministério dos Transportes. Os estudos para sua implantação são realizados pelo Laboratório de Transporte e Logística da Universidade Federal de Santa Catarina (Labtrans). A articulação para a implantação do Trem Pé-Vermelho é feita, na região, pela Agência de Desenvolvimento Terra Roxa Investimentos.


Fonte: Agência de Notícias do Estado do Paraná em 21/10/2010
Notícia postada pelo portal Logística Total

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Estudo do Senado mostra altos riscos do TAV

07/10/2010 - Valor Econômico


O projeto do primeiro trem-bala brasileiro parece fadado ao fracasso se analisado com base em estudo de consultores do Senado que compara os planos para o trem de alta velocidade brasileiro (TAV) com os de outros países. O trabalho mostra uma série de problemas, como custo subestimado, demanda insuficiente, tarifa cara, falta de interconexão com outros meios de transporte e ausência de análise de projetos alternativos. "É a crônica de um prejuízo anunciado", diz Marcos Mendes, consultor do Senado responsável pelo estudo.

O valor da obra, R$ 34,6 bilhões, está muito longe da realidade, segundo o levantamento. O projeto, de acordo com o edital, estima que o preço das obras por quilômetro rodado no Brasil será de US$ 33,4 milhões, enquanto o padrão internacional fica entre US$ 35 milhões e US$ 70 milhões.

Segundo o relatório, não há razões para acreditar que o preço brasileiro ficará próximo do piso. Pelo contrário. O trem-bala nacional carrega uma das características que mais encarecem a construção desse tipo de via: um traçado inclinado. O percurso, que inclui a subida da Serra do Mar, terá que varar uma infinidade de montanhas, cruzar terrenos com alto custo de desapropriações e áreas de grande densidade populacional. Não por acaso, 52% do orçamento do projeto (R$ 17,8 bilhões) estão alocados na construção de túneis, pontes e viadutos.

Seja qual for o preço final da obra, o que mais preocupa os consórcios interessados é saber se haverá demanda suficiente para justificar o investimento. Nesse ponto, as experiências internacionais também jogam contra o TAV. O projeto brasileiro estima 6,4 milhões de viagens por ano entre São Paulo e Rio de Janeiro, enquanto em outros países já se comprovou que são necessárias pelo menos 20 milhões de viagens anuais de ponta a ponta para bancar apenas os custos operacionais, sem incluir a recuperação do capital investido.

Enquanto as críticas ao projeto crescem, existem questões pendentes que também preocupam os grupos privados interessados no trem-bala. Entre as pendências - complicadas pelo segundo turno da campanha presidencial, já que o tucano José Serra é um crítico do projeto - estão a participação dos fundos de pensão das estatais e as definições sobre garantias exigidas pelo governo durante a execução das obras. E falta, ainda, a oficialização, em medida provisória, do crédito de R$ 19,8 bilhões a ser concedido pelo Tesouro - o que daria aos consórcios a segurança jurídica necessária para formalizar contratos com investidores.

FTC amplia ganhos com vagões de plástico reciclado

07/10/2010 - Jornal do Comércio (RS)


A preservação da natureza foi um dos maiores ganhos obtidos com o desenvolvimento do novo vagão de “plástico” utilizado na Ferrovia Tereza Cristina (FTC), de Santa Catarina. Desenvolvido pela equipe de manutenção de vagões da empresa, a parte interna do equipamento, que era confeccionado em madeira de lei, e o assoalho em chapa de aço, foram substituídos por plástico reciclado.

O gerente da Divisão de Manutenção, Abel Passagnolo destaca que o maior benefício do desenvolvimento da tecnologia é a preservação da mata, pois para a fabricação de cada vagão era necessário sacrificar duas árvores adultas, com diâmetro médio de 90 cm, de madeira de lei como cedro, angelim ou canela. A outra grande vantagem é que a matéria-prima usada para fazer o plástico reciclado é retirada dos lixões. São embalagens de defensivo agrícola, controladas pelo governo, sacos plásticos, tubos de xampus e de sabonetes, todos materiais compostos de polietileno de alta densidade que levariam muitos anos para se decompor se descartados na natureza. “Com a fabricação do vagão damos uma destinação mais nobre para este material, que é lixo”, diz Passagnolo.

Operacionalmente as vantagens também são muitas na comparação com a madeira. “Aumentou a estanqueidade do revestimento. O plástico não incha em contato com a água da chuva. As frestas que se abriam na madeira provocavam muitas perdas. Além disso, o plástico é mais resistente à degradação. A estimativa é que dure mais de 30 anos”, afirma Passagnolo. Sem contar que a madeira, depois de comprada, precisa passar pelo menos oito meses secando para evitar que com o aproveitamento ainda verde ela encolha ou mude sua forma.

Outro ganho foi com a redução de peso. De 22 toneladas, o vagão baixou para a 20,5 toneladas. Com isso, o equipamento que transportava 59,5 de carvão mineral passou a carregar 61 toneladas, o que garante uma importante vantagem econômica. Passagnolo conta que depois de começar a operar com o vagão de “plástico’, foram descobertos ainda novos ganhos operacionais. “Na descarga do material, como o plástico é liso, o carvão desliza com mais facilidade. Quando era revestido internamente com madeira, o produto aderia às paredes do vagão e era necessário usar um vibrador para que o produto se descolasse. “Com a eliminação do uso do vibrador houve uma redução do barulho, ou seja, reduziu-se o impacto ambiental”, afirma Passagnolo.

Como o plástico reciclado já vem pigmentado, o novo vagão não precisa ser pintado, o que representa outro importante ganho econômico, além de ganho ambiental. “Os solventes usados nas tintas liberam gases contaminantes que são emanados para a atmosfera”, explica Passagnolo. “O plástico também pode ser utilizado como revestimento de outros tipos de vagões, substituindo a madeira ou placa compensada, desde que se façam as adequações de engenharia necessárias para o uso do novo material”. Com 164 quilômetros de malha que cortam 12 municípios catarinenses, entre Imbituba e Siderópolis, a FTC utiliza atualmente 62 unidades do vagão de plástico no transporte de uma média de 200 mil toneladas de carvão mineral por mês.

Futuro do projeto TAV depende do novo presidente

07/10/2010 - Valor Econômico


A princípio, o edital do trem-bala prevê que as propostas dos consórcios interessados no projeto sejam entregues até 29 de novembro e que, no dia 16 de dezembro, seja conhecido o vencedor. A realidade, no entanto, é que o futuro do projeto será decidido no próximo dia 31, quando o país for às urnas. O segundo turno das eleições presidenciais deixou o projeto na corda bamba. Caso o contrato não seja assinado até dezembro pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a obra poderá ser reavaliada pelo novo presidente - se vencer a candidata do PT, Dilma Rousseff - ou até mesmo cancelada, em caso de vitória do tucano José Serra, que já deixou claro ser contra o projeto.

Esse pode ser um dos motivos que fazem com o governo apresse a entrega das propostas, mesmo a contragosto dos consórcios, que pediram mais tempo para avaliar a iniciativa.

"Os dois candidatos à Presidência têm ideias opostas sobre o projeto. Para o investidor, essa dúvida sobre quem será o vencedor no pleito gera um desconforto em colocar dinheiro em algo não concreto", diz o deputado federal Vanderlei Macris (PSDB), presidente da subcomissão de acompanhamento do TAV na Câmara dos Deputados. "Estive na China, França e Coreia e os consórcios internacionais foram enfáticos em dizer que o valor é subestimado", diz Macris.

O governo rebateu todas as críticas feitas ao projeto. Segundo o presidente da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Bernardo Figueiredo, o projeto foi bem elaborado e o contrato será assinado, independentemente do vencedor das eleições. De acordo com Figueiredo, o estudo feito por Mendes não retrata a realidade da obra. "O discurso de que o projeto é ruim é usado, mas não tem qualidade. Várias pessoas e entidades já fizeram outras avaliações positivas", afirma Figueiredo.

Em relação à eventual emissão de títulos do Tesouro para alimentar o financiamento das obras por meio do BNDES, Figueiredo diz que é normal o repasse, uma vez que o banco não teria condições de arcar sozinho com todos os recursos para a obra. "A condição de financiamento do governo é muito boa. É um grande valor, com juros baixos. Os bancos particulares, provavelmente, não teriam condição de arcar com o empréstimo."

Em relação à criação da estatal Etav, Figueiredo prevê que a empresa deverá estar em funcionamento em um ano. Caso a lei de criação da empresa não seja votada, o que é improvável, o governo pode editar uma MP ou colocar outra empresa já existente para fazer o papel que seria da Etav.

Indefinições preocupam consórcios do TAV

07/10/2010 - Valor Econômico


O problema não é só explicar para os investidores internacionais por que uma eleição que estava ganha foi para o segundo turno - e contra um notório opositor do projeto, José Serra. Os representantes dos consórcios interessados no trem de alta velocidade (TAV) queriam uma definição da eleição presidencial em primeiro turno para que o Palácio do Planalto voltasse a dar atenção aos seus problemas. Há pontos importantes que precisam de definição do governo federal, faltando pouco mais de um mês e meio para a entrega de propostas - prevista para 29 de novembro.

Entre as questões pendentes estão a participação dos fundos de pensão das estatais e as definições sobre garantias exigidas pelo governo durante a execução das obras. Falta ainda a oficialização, em medida provisória, do crédito de R$ 19,8 bilhões a ser concedido pelo Tesouro - o que daria aos consórcios a segurança jurídica necessária para formalizar contratos com investidores.

Os consórcios mais acelerados na corrida - notadamente os asiáticos - estão no momento refinando as contas de receita e despesa e correndo atrás de investidores. O custo, garantem, não está longe do estimado pelo governo. O maior desafio é levantar os R$ 6,6 bilhões de capital próprio exigido. Feito isso, eles terão acesso aos R$ 23 bilhões de recursos do Tesouro Nacional - R$ 19,8 bilhões em financiamento de longo prazo e R$ 3,3 bilhões da participação do governo na sociedade do TAV. Outros R$ 3,3 bilhões serão financiados pelos governos de origem dos fabricantes.

A principal indefinição, reclama um dos consórcios, é a forma de participação dos fundos de pensão. A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e o BNDES já garantiram que deve haver participação de Funcef, Previ e Petros - respectivamente, os fundos de pensão da Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e Petrobras. Representantes do fundos também sinalizaram interesse.

Há pelo menos três modelos de participação em jogo. Em um deles, o mesmo adotado na usina de Belo Monte, os fundos se uniram e entraram como parceiros estratégicos - ou seja, se associaram ao grupo vencedor, após a licitação. Outra hipótese, verificada em grandes licitações anteriores, como nas usinas do rio Madeira, os fundos buscaram sócios sozinhos, fechando com apenas um dos consórcios da disputa. Há ainda a chance de a Invepar, empresa que atua na área de transportes rodoviários e ferroviários - comprou recentemente a concessão do Metrô do Rio - representar os fundos. A Invepar é controlada pela Previ, com participação de Funcef, Petros e da construtora OAS.

Precisamos saber se eles entram ou não para saber quanto equity vamos precisar buscar, diz um candidato à licitação. Representantes do governo acreditavam, no início do ano, que a a participação dos fundos seria de R$ 2,4 bilhões - R$ 600 milhões de cada fundo e R$ 600 milhões de participação do BNDESPar.

Um representante de outro consórcio diz que as negociações estão correndo livremente entre fundos e consórcios. A participação não deve contar com BNDESPar, pode ter um outro fundo de pensão além dos três já confirmados e atingirá um terço do equity do projeto, cerca de R$ 2,2 bilhões.

Outro dos participantes da disputa diz que o ponto crucial de indefinição são as garantias no período de construção da obra. Durante os 40 anos de concessão, a garantia serão os próprios ativos do trem-bala - o chamado contrato de project finance. Mas o governo não definiu se os construtores precisarão oferecer garantias durante a obra para todos os R$ 20 bilhões financiados. Também não disse o que aceitará: garantias corporativas, seguro-garantia ou carta fiança. A garantia corporativa pesa no balanço das empresas, e as outras, custam caro.

Parte dos interessados atribui a indefinição, ao menos em parte, à saída da ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, após denúncias. A vaga foi assumida interinamente por Carlos Silva, até então secretário-executivo da pasta, e uma definição da eleição em primeiro turno possibilitaria o reinício das negociações com representantes escalados por Dilma Rousseff.

Setor privado ainda tem dúvidas sobre TAV

07/10/2010 - Valor Econômico


A nuvem de dúvidas que paira sobre o projeto do trem-bala fez com que os consórcios resolvessem fazer as contas para saber se vale a pena entrar na disputa. Em alguns casos, os estudos privados indicam resultados diferentes dos que constam do estudo contratado pelo governo. O risco de uma demanda bem inferior à prevista é um dos problemas.

O projeto brasileiro estima que sejam feitas 6,4 milhões de viagens por ano entre São Paulo e Rio de Janeiro, número questionado pelo consultor do Senado Marcos Mendes, autor do estudo que comparou o projeto do trem-bala brasileiro com outros trens de alta velocidade em funcionamento no mundo. Para engordar o número brasileiro, o projeto passou a considerar trechos intermediários. Mas, então, por que o TAV não se limita, inicialmente, a alguns trechos, para depois avaliar seus resultados? Por que não considerar trens intermediários, de 160 km por hora, que custam entre 25% e 65% do TAV? , questiona o consultor Marcos Mendes.

Em recente entrevista ao Valor, Paulo Alvarenga, diretor da divisão de mobilidade da Siemens, companhia que lidera o consórcio alemão, afirmou ter dúvidas profundas sobre a viabilidade do projeto. As condições colocadas no edital possuem um nível de exposição de risco muito elevado, disse Alvarenga. O principal ajuste que precisa ser feito diz respeito à questão da demanda. O edital é otimista demais.
O consórcio coreano é mais um que está atrás de respostas. Estudamos o projeto e chegamos a conclusões diferentes das do governo, diz Paulo Benites, presidente da Trends, empresa brasileira de engenharia que representa o grupo coreano no Brasil.

Apesar das críticas do setor privado, o representante de um consórcio que preferiu não se identificar afirma que as empresas continuam trabalhando em seus projetos. Essas queixas fazem parte do jogo, tenho visto as empresas reclamando, mas todas trabalham firme em suas propostas, afirma o executivo.

O preço previsto para a passagem do trem-bala é mais um ponto de conflito. No percurso entre São Paulo e Rio, a passagem econômica poderá custar, no máximo, R$ 199,00. Esse valor se baseia na tarifa-teto fixada pelo edital em R$ 0,49 (US$ 0,27) por quilômetro rodado. O preço supera a tarifa de US$ 0,25 cobrada no Japão, país que tem a passagem mais cara do mundo. Agora compare o nível de renda da população do Japão e do Brasil, diz Mendes. A verdade é que esse projeto só está olhando para o público que hoje viaja de avião, o que é insuficiente, acrescenta o consultor do Senado Federal.

Com preço de R$ 34,6 bilhões - para ficar no valor estimado pelo edital - o trem-bala é, de longe, o projeto mais caro entre todas as obras em execução ou desenhadas pelo governo. Para se ter uma ideia, a construção e a reforma de todos os estádios que receberão a Copa do Mundo de 2014 em 12 Estados consumirão R$ 6,3 bilhões, o que já não é pouco dinheiro.

A obra de transposição do rio São Francisco, uma das estrelas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), é estimada em R$ 6,6 bilhões. Juntas, as usinas hidrelétricas do rio Madeira - Santo Antônio e Jirau - , consideradas obras vitais para o sistema energético do país, custarão R$ 22 bilhões. No Pará, a hidrelétrica de Belo Monte tem orçamento de R$ 19 bilhões.

O trem de alta velocidade brasileiro vai rodar - ou flutuar - a mais de 300 km por hora, num trecho de 518 km entre Campinas (SP) e Rio de Janeiro, com seis paradas intermediárias.

Do ponto de vista econômico, é um projeto totalmente inviável, afirma o senador Eliseu Resende (DEM), vice-presidente da Comissão de Serviços de Infraestrutura do Senado. Os custos operacionais são muito altos para garantir o retorno esperado. Os estudos técnicos deixam claro que não dá para fazer uma obra como essa simplesmente com a concessão ao setor privado, sem participação do governo, diz Resende, que já foi ministro dos Transportes.

As experiências internacionais apontam que o peso do investimento estatal costuma ser considerável. Dois anos atrás, quando se começou a falar no projeto, aponta o relatório do Senado, estimava-se custo total de R$ 16 bilhões para o TAV, aporte que seria 100% privado. Já estamos em R$ 34 bilhões, sendo que R$ 20 bilhões sairão dos cofres do Tesouro para alimentar um financiamento subsidiado por meio do BNDES, diz Mendes. Além disso, a estatal Etav, que será criada, entrará com com R$ 3,4 bilhões.

O projeto que cria a Empresa de Transporte Ferroviário de Alta Velocidade (Etav) está parado na Câmara dos Deputados. Esse é um projeto de custo afundado, isso significa que a obra, a partir de certo momento, é grande demais para falhar, comenta Mendes. De cara, o Tesouro está muito envolvido com isso. Se o consórcio não tiver como pagar, não tem conversa, o governo terá de assumir a dívida, pondera.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

PASSIVOS AMBIENTAIS - CSN vai investir R$ 216 milhões

Publicado em 4/10/2010, às 20h13



Última atualização em 4/10/2010, às 20h13
Arquivo


Investimentos: Ao menos R$ 200 milhões em 90 ações na área da usina Presidente Vargas
Volta Redonda
A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) terá de investir R$ 216 milhões, dos quais R$ 16 milhões em compensações ambientais e R$ 200 milhões em 90 ações na área da usina Presidente Vargas, em Volta Redonda. Um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) com esses e outros objetivos foi assinado ontem na presença da secretária estadual do Ambiente, Marilene Ramos, e do presidente do Inea, Luiz Firmino, pelos diretores executivos da Companhia, José Taragano e Eneas Diniz.
O prazo dos investimentos é de três anos e sua assinatura é uma pré-condição para a renovação das licenças ambientais da siderúrgica. O TAC vem acompanhado de um plano de ação com diversas obrigações e cronograma de execução, que deverá ser concluído em três anos. Em caso de descumprimento, a companhia será multada por cada ação não realizada. A secretária do Ambiente, Marilene Ramos, ressaltou a conduta da CSN em querer colaborar com a recuperação e a preservação ambiental da região onde está concentrada a usina.
- A cooperação da CSN é, de fato, uma virada na história da usina, que, além de estar concentrada em uma área urbana, está localizada próxima ao maior manancial do estado, que é o Rio Paraíba do Sul. Esse TAC traz uma novidade: um plano de ação com prazo para cumprimento. Tudo isso será acompanhado por nós - frisou Marilene Ramos.
As exigências à CSN resultaram de uma ampla auditoria, realizada entre setembro e dezembro do ano passado, após o vazamento de um material oleoso da unidade de carboquímicos, que atingiu o Rio Paraíba do Sul. A auditoria identificou não conformidades com os padrões ambientais vigentes na siderúrgica - instalada há mais de 50 anos. Correções já estão sendo feitas desde o acidente.
Entre as ações mais importantes estabelecidas no TAC estão o monitoramento contínuo da poluição do ar, que ficará disponível na internet; o acompanhamento mais contínuo e eficaz do benzeno, substância emitida pela Companhia, altamente nociva à saúde humana; e a incrementação de medidas de controle das emissões fugitivas do controle do ar. A viabilização dos aspectos jurídicos do TAC foi possível graças à atuação da Procuradoria do Inea, órgão executivo da Secretaria Estadual do Ambiente.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Resultados da votação no Sul fluminense

Nas urnas de Volta Redonda, Marina foi a mais votada


Publicado em 03/10/2010, às 22h45



Última atualização em 03/10/2010, às 22h45
Volta Redonda
Se dependesse dos números registrados nas urnas de Volta Redonda, Marina Silva (PV) seria eleita presidente do Brasil. A candidata, que ficou de fora do segundo turno, teve 40,02% dos votos, (67.135 votos) contra 39,53% (66.307 votos) de Dilma Rousseff (PT). José Serra (PSDB), adversário de Dilma no segundo turno teve 18,7% (31.363 votos).
Na disputa pelo cargo de governador, as urnas de Volta Redonda registraram Sergio Cabral (PMDB) na frente de Fernando Gabeira (PV) com 67,51% dos votos, contra 18,63% de Gabeira.


RESULTADOS

Confira os mais votados em Volta Redonda, Barra Mansa, Resende e Angra


Publicado em 04/10/2010, às 00h01




* A lista refere-se aos candidatos mais votados nas cidades da região, não significando que tenham sido eleitos.
Volta Redonda
DEPUTADO FEDERAL
Candidato (partido) Votos válidos %
Zoinho (PR) 37995 25,83%
Deley (PSC) 32246 21,92%
Granato (PMDB) 9873 6,71%
America Tereza (PMDB) 7817 5,31%
Garotinho (PR) 6403 4,35%
Doutor Jair Nogueira (PV) 4927 3,35%
Alexandre Serfiotis (DEM) 3573 2,43%
Julio Lopes (PP) 2637 1,79%
Luiz Sergio (PT) 2170 1,48%
Chico Alencar (PSOL) 1976 1,34%

DEPUTADO ESTADUAL
Candidato (partido) Votos válidos %
Nelson Gonçalves (PMDB) 24868 15,15%
Edson Albertassi (PMDB) 22945 13,98%
Dr Gotardo (PSB) 17226 10,49%
Paiva (PT) 16167 9,85%
Maurício Batista (PPS) 9022 5,50%
Cida Diogo (PT) 8216 5,01%
Seu Bene do Laranjao (PRB) 7914 4,82%
Rose Vilela (PV) 5456 3,32%
Roosevelt Brasil (PMDB) 4016 2,45%
Gustavo Tutuca (PSB) 3091 1,88%

Resende
DEPUTADO FEDERAL
Candidato (partido) Votos válidos %
Pedra (PV) 12198 20,06%
Alexandre Serfiotis (DEM) 9771 16,07%
Noel de Oliveira (PDT) 6485 10,66%
Helio Moura (PR) 4058 6,67%
Alcides de Carli (PRB) 3449 5,67%
Deley (PSC) 2584 4,25%
Jair Bolsonaro (PP) 2097 3,45%
Denílson (PC do B) 1520 2,50%
Garotinho (PR) 1370 2,25%
Rodrigo Bethlem (PMDB) 736 1,21%

DEPUTADO ESTADUAL
Candidato (partido) Votos válidos %
Noel de Carvalho (PMDB) 21476 35,33%
Dr Julianelli (PSB) 9241 15,20%
Val (PR) 4719 7,76%
Túlio Bastos (PDT) 3207 5,28%
Pedro Fernandes (PMDB) 1907 3,14%
Leandro Sampaio (PPS) 908 1,49%
Edson Albertassi (PMDB) 905 1,49%
Inês Pandeló (PT) 865 1,42%
Gustavo Tutuca (PSB) 756 1,24%
Wagner Montes (PDT) 711 1,17%

Barra Mansa
DEPUTADO FEDERAL
Candidato (partido) votos válidos %
Jonas Marins (PC do B) 20779 22,61%
Alexandre Serfiotis (DEM) 7522 8,19%
Garotinho (PR) 6014 6,54%
Jackson Emerick (PRTB) 5414 5,89%
Luiz Sergio (PT) 3965 4,31%
Lia Preto (PR) 3725 4,05%
Deley (PSC) 3714 4,04%
Eduardo Cunha (PMDB) 3218 3,50%
Chris (PMDB) 2615 2,85%
Zoinho (PR) 2427 2,64%

DEPUTADO ESTADUAL
Candidato (partido) votos válidos %
Roosevelt Brasil (PMDB) 29092 29,19%
Inês Pandeló (PT) 15734 15,79%
Ademir Melo (PSDB) 12145 12,19%
Edson Albertassi (PMDB) 8246 8,27%
Queque Santiago (PT do B) 1994 2%
Nelson Gonçalves (PMDB) 1797 1,80%
José Nader (PR) 1570 1,58%
Dr Gotardo (PSB) 1475 1,48%
Cida Diogo (PT) 1244 1,25%
Noel de Carvalho (PMDB) 1109 1,11%

Angra dos Reis
DEPUTADO FEDERAL
Candidato (partido) Votos válidos %
Fernando Jordao (PMDB) 29836 37,20%
Luiz Sergio (PT) 14783 18,43%
Garotinho (PR) 4629 5,77%
Marcelo Matos (PDT) 3166 3,95%
Vitor Paulo (PRB) 1540 1,92%
Filipe Pereira (PSC) 1401 1,75%
Marcelo Itagiba (PSDB) 1247 1,55%
Ney Manaim (PTN) 880 1,10%
Hugo Leal (PSC) 857 1,07%
Ivan Marcelo (PV) 822 1,02%

DEPUTADO ESTADUAL
Candidato (partido) Votos válidos %
Essiomar Gomes (PP) 13405 16,72%
Aurelio Marques (PR) 13364 16,67%
Aguilar Ribeiro (PC do B) 8142 10,16%
Vilma dos Santos (PRB) 5456 6,81%
Gilberto Palmares (PT) 2038 2,54%
Inês Pandeló (PT) 1964 2,45%
Wagner Montes (PDT) 1683 2,10%
Andreia do Charlinho (PDT) 1642 2,05%
Jonathan Stockler (PSDB) 1451 1,81%
Edino Fonseca (PR) 1400 1,75%

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Giovana Damaceno: Micos em área urbana

Giovana Damaceno: Micos em área urbana: "Esta é a visão que tive do meu quintal agora há pouco. Dois micos perdidos, no bairro Vila Rica, em Volta Redonda. Provavelmente - e essa é..."

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Consórcio da Queiroz Galvão vence licitação do Expresso Tiradentes

15/09/2010



Queiroz Galvão, OAS, Bombardier Brasil e Bombardier Transport serão as responsáveis pela fabricação, fornecimento e implantação do sistema de monotrilho para o prolongamento da Linha 2 - Verde do Metrô de São Paulo, o Expresso Tiradentes.

O consórcio, liderado pela Queiroz Galvão, venceu a licitação apresentando uma proposta no valor de R$ 2,46 bilhões. O Metrô publicou ontem (14) em seu site o resultado da concorrência.

O grupo estava concorrendo com o consórcio Monotrilho Tiradentes - com Hitachi, Odebrecht, Camargo Correa, Mitsubishi e Iesa Distribuidora Comercial.

O consórcio Expresso Monotrilho Leste foi um dos finalistas desta mesma licitação, cancelada em junho, após os concorrentes não apresentarem propostas de acordo com o exigido em edital.

Também participaram da concorrência os consórcios Metropolitano (Delta Construções, Trana Construção e Intamin) e Prolongamento Linha 2 Verde (Andrade Gutierrez, CR Almeida e Scomi).

O monotrilho terá 23,8 km de extensão e ligará a Vila Prudente a Cidade Tiradentes. O percurso poderá ser realizado em 50 minutos, beneficiando cerca de 500 mil usuários por dia útil. O projeto faz parte do Plano de Expansão do Governo do Estado de São Paulo.

Entenda o processo

A licitação do monotrilho do prolongamento da Linha2 foi aberta em dezembro do ano passado. Em janeiro, o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo suspendeu a licitação; o processo foi retomado em fevereiro e as propostas apresentadas por quatro consórcios. Em março, os consórcios Expresso Monotrilho Leste e Prolongamento Linha 2 Verde foram habilitados para o certame e uma semana depois a licitação foi suspensa novamente. Em abril, o processo foi retomado com a avaliação das propostas comerciais, indeferidas no início de junho.

O Metrô solicitou que os consórcios apresentassem novas propostas em 18 de junho, mas as propostas não atenderam o solicitado e no dia 23 de junho a companhia decidiu cancelar a licitação.

Em 14 de julho a concorrência foi relançada e agora o vencedor anunciado.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

ASSIM NAPOLEÃO CLASSIFICAVA SEUS SOLDADOS:

_____________________________________________

01. Os inteligentes com iniciativa;
02. Os inteligentes sem iniciativa;
03. Os ignorantes sem iniciativa;
04. Os ignorantes com iniciativa.

Aos inteligentes com iniciativa, Napoleão dava as funções de comandantes: gerais, estrategistas, etc.

Aos inteligentes sem iniciativa, Napoleão os deixava como oficiais que recebiam ordens superiores, para cumpri-las com diligência.

Aos ignorantes sem iniciativa, Napoleão os colocava à frente da batalha: para serem "buchas de canhão".

Aos ignorantes com iniciativa, Napoleão desprezava; não os queria em seus exércitos...

Um ignorante com iniciativa é capaz de fazer enormes besteiras e depois,dissimuladamente, tentar ocultá-las.

Um ignorante com iniciativa faz o que não deve, fala o que não pode, envolve-se com gente inadequada e depois diz que de nada sabia.

Um ignorante com iniciativa faz perder boas idéias, bons projetos, bons clientes, bons fornecedores,bons homens públicos.

Um ignorante com iniciativa produz sem qualidade, porque resolve alterar processos definidos e consagrados.

Um ignorante com iniciativa é, portanto,um grande risco para o desenvolvimento e o progresso de qualquer empresa e/ou governo.

Normalmente você é capaz de identificar os 04 tipos que estão presentes na sua vida, na sua empresa. E toma suas decisões sobre eles.


Colaboracao de Maria Juliana Carpentieri

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Cultura de Segurança

A promoção de uma cultura de segurança requer simultaneamente uma liderança forte e uma larga participação e deve-se traduzir por dar uma prioridade reforçada à planificação e à gestão da segurança, assim como por uma compreensão da exigência de segurança para o conjunto dos participantes.
As questões da segurança devem ser objeto de preocupação e de responsabilidade a todos os níveis do governo e das empresas e para o conjunto dos participantes. As presentes linhas orientadoras constituem uma fundação para os esforços com vista a estabelecer uma cultura de segurança para toda a sociedade. Tal irá permitir aos participantes de agir de forma a que a segurança se torne parte integrante da concepção e da utilização de todos os sistemas e redes de informação. As linhas orientadoras propõem que todos os participantes adotem e promovam uma cultura de segurança que guie a reflexão, a tomada de decisão e a ação respeito do funcionamento dos sistemas e das redes de informação.
Com respeito a uma empresa estruturada de ações empresariais e a colocação de problemas banais de relacionamento chefe/ executante, níveis hierárquicos etc., são necessárias abordagens estruturais para que os assuntos sejam compreendidos e a reflexão, por nós proposta seja viável.

Entretanto esta realidade é favorável quando trabalhamos a informação cultural, a obtenção de valores não estabelecidos em casa e assim é mais fácil forjar nestes colaboradores uma nova forma de encarar a preservação da vida.
Falta uma cultura de segurança, faltam discussões sobre valores da vida humana e não apenas preocupações com os equipamentos operados e mantidos por estas vidas, sem conhecimento, sem preparo físico e técnico e vulnerável à covardia da produção a qualquer custo, do lucro desmedido e da substituição da mão de obra de forma perversa e sem um fiapo de ética e qualquer pressuposto de competência e humanidade.
A cultura de segurança poderá fazer parte do Currículo das Faculdades de Engenharia, na medida em que se aborda o tema Ética ,Tecnologia e Sociedade.
Não pode haver ética no trabalho, na sua vida e conduta pessoal se há sob sua responsabilidade formas de atuação que ponham vidas em risco de forma tão frágil que as formas de prevenção não são estudadas se quer pesquisadas, treinadas e sem isto, a vida se fragiliza e se esvai diariamente, a cada hora sem qualquer registro maior, se banalizando o fato e se encobrindo sob o manto da necessidade da produção, do faturamento, da redução de custo e os altos valores dos acidentes não são, se quer, computados e apresentados em estatísticas honestas ficando ,apenas , para a Previdência Social.
Não pode haver ética na vida profissional e pessoal se há constrangimento de profissionais a serem obrigados a trabalhos de forma arriscada e perigosa.
É na nessa geração que podemos criar uma nova cultura, uma nova forma de encarar os meios de executar as tarefas, estabelecer por prática, uma forma mais consciente em desempenhar uma função é tempo de aparecer, por meio científico, uma nova visão de valores os quais não são praticados hoje..Em nossa sociedade, há bem claros os valores morais, religiosos e as vezes a honestidade.São inegociáveis entretanto a segurança se negocia por qualquer razão ; a saber : sobrevivência , amizade , ignorância , simpatia , medo , omissão etc.
Portanto ao abordarmos este tema falamos da ética profissional, mostramos que só se é um profissional completo só concorre no mercado se for também preocupado com a sua segurança e de seus companheiros.

Volta Redonda, 07 de setembro de 2010

Claudio de Paula Cataldo
Consultor de Segurança da Vale
ccataldo@oi.com.br

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Perigo no trajeto

Estudo
Pesquisa em Londrina reforça a necessidade de prevenção para evitar acidentes a caminho do trabalho
29/08/2010

O número de acidentes de trabalho que ocorrem fora do ambiente da empresa é expressivo em Londrina e a ausência de notificação aponta para um universo muito maior de casos. Pesquisa realizada pela enfermeira Renata Baldo revela que, do universo entrevistado por ela, um terço de pessoas que foram atendidas pelo Siate e encaminhadas para hospitais de Londrina foram vítimas de acidentes de trabalho, e mais da metade no trânsito, indo ou voltando do trabalho ou em horário de almoço. Nenhum desses acidentes, de acordo com a pesquisa, foi notificado ao Sistema Único de Saúde (SUS), o que a pesquisadora aponta como um problema a ser vencido. A pesquisa foi realizada entre julho e dezembro de 2008 e defendida em tese de mestrado em junho deste ano.
Renata Baldo afirma que a pesquisa mostra “que antes de ter resolvido o problema da prevenção dos acidentes ocorridos no interior dos locais de trabalho, os envolvidos com a Saúde do Trabalhador precisam assumir um novo desafio: o de abrir uma frente de luta pela prevenção de acidentes ocorridos no espaço da rua”.
Outro ponto relevante, segundo ela, é a identificação do acidente de trabalho de forma mais específica e sua notificação para o desenvolvimento de políticas públicas adequadas. “Já apresentamos os resultados [da pesquisa] no Conselho Municipal de Saúde, há duas semanas, e o promotor Paulo Tavares ficou de marcar uma reunião com o presidente da CMTU para passarmos essas informações”, disse.
O promotor de Garantias Constitucionais, Paulo Tavares, afirma que a pesquisa traz informações a mais para a questão da mobilidade urbana, já em discussão pelo Ministério Público, Acil, Ippul e empresas de ônibus. “Temos que atuar em várias frentes: aperfeiçoar [a campanha] o ‘Pé na Faixa’, fazer trabalhos educativos, melhorar o transporte coletivo para incentivar o trabalhador a usar mais os ônibus; ter mais ciclovias.”
Paulo Tavares diz que já entrou em contato com o diretor de Trânsito da CMTU, Wilson de Jesus e aguarda uma agenda para que a pesquisa seja apresentada. “A pesquisa mostra que as motos estão sendo cada vez mais usadas pelo trabalhador e precisamos pensar nestas ações, pois os acidentes de trabalho estão acontecendo nas ruas.”
Notificações
A Lei nº 8.213/91 determina no seu artigo 22, que todo acidente do trabalho ou doença profissional deve ser comunicado pela empresa ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), no caso de trabalhadores no mercado formal, sob pena de multa em caso de omissão. Essa notificação é feita por meio de emissão do Comunicado de Acidente de Trabalho (CAT), que é um formulário que deve ser preenchido pelos hospitais. De acordo com a pesquisa, dos 465 casos de acidentes de trabalho atendidos nas ruas pelo Siate, 300 eram pessoas que estavam no mercado formal. Destes, apenas 178 disseram que houve a emissão do CAT.
Hospitais devem estabelecer fluxo de notificação ao SUS
Um dos objetivos da pesquisa, segundo Renata Baldo, é contribuir para que sejam desenvolvidos trabalhos para que os hospitais façam a notificação dos acidentes ao Sistema Único de Saúde (SUS). “As doenças contagiosas, por exemplo, são todas notificadas. No caso de saúde do trabalhador isso também tem que acontecer. Para isso é importante estabelecer o fluxo de notificação [para onde deve ser encaminhada: vigilância epidemiológica, sanitária, centro de referência de saúde do trabalhador]”, diz.
Essa dificuldade não é realidade apenas de Londrina. De acordo com a pesquisa de Renata Baldo, em 2008, no Brasil foram feitas 750 mil notificações de acidentes de trabalho fora da empresa ao Instituto Nacional de Seguro Social (INSS). No entanto, o número levantado pela pesquisa representa apenas um quinto das ocorrências; já ao SUS não foi feita nenhuma notificação.
Hospitais
O JL entrou em contato com os maiores hospitais de Londrina. O Hospital Evangélico (HE), por meio de assessoria, informou que todos os meses os acidentes de trânsito, de trabalho e de trabalho no trânsito são protocolados na Diretoria de Auditoria, Controle e Avaliação (Daca) e repassados ao SUS e INSS pela supervisora de convênios, Denise Moraes. Em 2010, até 25 de agosto, o HE registrou, 97 acidentes de trabalho no trânsito e 100 acidentes de trabalho.
O Hospital Universitário (HU), por meio da assessoria de imprensa, informou que em 2010 foram 46 notificações, entre janeiro e agosto e que, no entanto, nem sempre, os acidentados informam que estavam em trabalho ou no trajeto. A Santa Casa, também por meio da assessoria de imprensa, informou que o hospital está se mobilizando para fazer as notificações ao SUS.
Campanha reduziu ocorrências e custos com acidentados
Em 2008, período que a pesquisa foi realizada, a Santa Casa de Londrina estava atenta aos problemas de acidentes de trabalho ocorridos no trajeto. Segundo a analista de Recursos Humanos, Renata Gusmão, que na época era presidente da Cipa, 32% dos acidentes de trabalho no hospital ocorriam no trajeto. De nove acidentes/mês, três ocorriam fora do hospital. As ocorrências eram no trânsito, saindo do ônibus, de bicicleta, entre outras. Isso gerava em média 30 dias de afastamento do trabalho por mês e um custo com funcionário acidentado, de R$ 625, de acordo com Renata.
Piloto automático
Foi, então, desenvolvida uma campanha de conscientização, a “Vá e volte bem”. Durante uma semana foram distribuídos folhetos e realizadas palestras para ressaltar a importância de manter a atenção no trajeto. “Normalmente, como se trata de um caminho que a pessoa conhece bem, pois faz todos os dias, ela liga o piloto automático e daí acontecem os acidentes”, afirma Renata. “No período após a campanha reduzimos pela metade esse percentual”, conta Renata. Dos três acidentes/mês no trajeto passou para em média um por mês. O período de afastamento/mês caiu para 10 dias e os custos para R$ 256,00. No semestre de 2010 a média de acidentados no trajeto se manteve um/mês.
Franciele Ronchini, 22 anos, não é funcionária da Santa Casa, mas já se acidentou indo para o trabalho. Ela conta que em 21 de maio, estava na Avenida Arthur Thomas (zona oeste) quando um carro atravessou a preferencial. Foram vários dias sem trabalhar. Hoje, segundo ela, os cuidados redobraram. “Fico muito mais atenta a tudo que está acontecendo no trânsito”, conta.

Reportagem do Dia 29/08/2010

http://www.jornaldelondrina.com.br/edicaododia/index.phtml?data=2010-08-292023:00:00

Transnordestina agora só no final de 2012

17/08/2010 - Agência Estado


Perto de terminar o mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pôs a culpa na Justiça, no Ministério Público, nos ambientalistas e nas pessoas de olho gordo por deixar no papel boa parte do trecho da ferrovia Transnordestina, projetada para ligar Eliseu Martins, no Piauí, ao Porto de Suape, em Pernambuco. É um verdadeiro inferno concluir um projeto desta magnitude, reclamou hoje, num canteiro de obras em Salgueiro, a 518 quilômetros de Recife.

Foi a quarta viagem de Lula para participar de festa de início de obras da ferrovia. Ao lançar o projeto em Missão Velha (CE), em plena campanha pela reeleição, em junho de 2006, ele disse que a Transnordestina seria a redenção do Nordeste. Hoje diretores do consórcio de construção da ferrovia informaram ao presidente que apenas 30% das obras de terraplenagem foram concluídas. A obra não ficará pronta antes de dezembro de 2012.

No ano passado, ele chegou a afirmar que iniciaria as obras de todos os lotes ao longo dos 2.278 quilômetros de ferrovia. O maior atraso está no trecho final em Pernambuco, entre Belém de Maria e Escada (55 quilômetros) e de Escada a Suape (64 quilômetros). Nestes dois lotes, os contratos para início das obras não foram assinados. Durante a visita, o presidente conheceu uma máquina importada que produzirá os dormentes de concreto para dar suporte aos trilhos. A visita de inauguração da fábrica de dormentes, como o Planalto divulgou, estava programada para março último, mas foi cancelada porque a máquina não chegou a tempo.

A uma plateia formada por trabalhadores do canteiro em Salgueiro, o presidente se queixou de juízes, que teriam aceito pedidos de interrupção das obras por parte de quem reclamava indenização de terras. Não pensem que é fácil fazer as coisas, disse. Vocês não sabem que a inveja é uma doença, completou. Não tem nada pior do que olho gordo.

Mais tarde, ao visitar uma escola técnica em Salgueiro, Lula aproveitou para criticar os tucanos e até dom Pedro II. Sem poder inaugurar a obra dos seus sonhos, como ele mesmo chama a ferrovia, Lula disse que os governantes anteriores não priorizarem obras na região. O presidente afirmou que o governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) não investiu em ensino profissionalizante. Já dom Pedro II foi atacado por não levar à frente a obra da transposição das águas do São Francisco. Por que dom Pedro II, o todo poderoso, não conseguiu fazer o canal e um torneiro mecânico conseguiu?, esbravejou Lula. As obras de transposição também estão com cronograma atrasado.

Saia-justa

Criticado pelo governo por não ter se empenhado nas obras da ferrovia Transnordestina, o executivo Benjamin Steinbruch, que comanda o consórcio do projeto, enfrentou saia-justa na viagem com o presidente Lula ao canteiro no semiárido pernambucano. Em cima de um trecho de trilho montado apenas para a produção de fotografias, Lula olhou para Steinbruch e perguntou: Você sabe quem me disse que pode fazer trilhos?. E emendou: O Roger Agnelli, da Vale. Ele disse que vai fazer trilhos na siderúrgica que está construindo em Marabá. Depois de ouvir o nome do rival no mundo dos negócios, Steinbruch, desconcertado, disse: Aí, é covardia.

Lula não esconde o desapontamento com Steinbruch, a quem acusa de ser um dos principais responsáveis pelo atraso das obras da ferrovia. O presidente foi num ponto fraco do executivo, observaram integrantes da comitiva. Há mais de uma década, Steinbruch vive às turras com Agnelli.

A rivalidade de Steinbruch, da Companhia Siderúrgica Nacional, e Agnelli, da Vale, é famosa no mercado do aço. A briga começou em 2000, com o descruzamento de ações da Vale e da CSN. Steinbruch, que comandava o grupo, foi substituído por Agnelli. Vaidosos, eles travaram brigas até nos tribunais. Há uma série de processos judiciais por causa de minas e negócios das duas empresas. Com a última crise financeira internacional, os dois deram uma trégua.

Criação da Academia Brasileira da Qualidade (ABQ)

Está em processo de formação a Academia Brasileira da Qualidade (ABQ). A ABQ é uma organização não-governamental e sem fins lucrativos, constituída inicialmente na forma de uma rede social virtual, tendo como membros participantes pessoas experientes e de reconhecida competência profissional adquirida ao longo dos anos - nas universidades, nas empresas e em outras organizações privadas ou públicas - em atividades relacionadas à engenharia da qualidade, à gestão da qualidade e à excelência na gestão.
A administração da ABQ é realizada por um Colegiado eleito entre os membros da Academia, denominados Acadêmicos, de acordo com seu Regimento Interno.
A condição de membro da Academia é obtida somente por meio de indicação de um ou mais dos Acadêmicos, com aprovação dos outros Acadêmicos, de acordo com seu Regimento Interno.
A ABQ tem por missão contribuir para o desenvolvimento do conhecimento teórico e prático da engenharia da qualidade, da gestão da qualidade e da excelência na gestão, acompanhando a sua aplicação para trazer benefícios para todas as pessoas e organizações no Brasil. A Academia utiliza, para tanto, a liderança e a capacidade profissional de seus Acadêmicos, de modo individual ou coletivo. No desenvolvimento de suas atividades, a Academia procura essencialmente contribuir para a melhoria da qualidade de vida do povo brasileiro, atuando também em colaboração com empresas, governos e outras organizações.
São Paulo, 20 de agosto de 2010.
Ariosto Farias Junior
Basilio V. Dagnino
Ettore Bresciani Filho
Evandro G. Lorentz
Fabio E. P. Braga
Francisco Paulo Uras
Iris Bento da Silva
João Mário Csillag
Marcio Migues
Vivaldo A. Russo

Ariosto Farias Junior
Instrutor, Examinador e Examinador Sênior do Prêmio Nacional da Qualidade (PNQ), desde 1992 até 2009. Consultor em Gestão da Qualidade e Segurança da Informação. Membro do ABNT/CB 25. Líder da Delegação do Brasil em Comitês da ISO em diversas oportunidades.


Basilio V. Dagnino
http://lattes.cnpq.br/1048274532599555
ASQ Fellow. CQP & Fellow, CQI (Londres). Co-fundador do 1º curso de pósgraduação em Qualidade (UCP). Primeiro Gerente Técnico da FNQ (1991 a 1997). Juiz, examinador, instrutor e consultor de modelos de excelência do PNQ e outros prêmios.


Ettore Bresciani Filho
http://lattes.cnpq.br/9036318965526496
Engenheiro (ITA), Doutor (Escola Politécnica - USP). Professor Titular Aposentado (UNICAMP). Professor Responsável pelo Curso de Especialização em Engenharia da Qualidade (UNICAMP). Membro do CLE-UNICAMP. Membro da ASQ (desde 1974).


Evandro G. Lorentz
http://br.linkedin.com/in/elorentz
Engenheiro e Matemático (UFJF), Mestre (UFMG). ASQ Fellow, ASQ/CQE e CQA. Fundador e Primeiro Chair da International Member Unit (ASQ/IMU) brasileira. Consultor e Professor de Pós-Graduação em Cursos de
Especialização.


Fabio E. P. Braga
Engenheiro (Escola Politécnica – USP). Ex-vice-presidente de Engenharia e Qualidade da TRW do Brasil. Ex-Professor do Curso de Especialização em Engenharia da Qualidade (UNICAMP). Gerente de Relações Institucionais da SAE BRASIL. Membro da ASQ.


Francisco Paulo Uras
http://br.linkedin.com/pub/francisco-paulo-uras/23/b65/803
Engenheiro (Escola Politécnica - USP). ASQ Fellow, ASQ/CQE, CQA e CMQOE. Palestrante do PEC-FGV-SP. Membro do Comitê Critérios de Excelência e Instrutor dos Cursos da FNQ. Consultor para implantação do Modelo de Excelência da FNQ.


Iris Bento da Silva
http://lattes.cnpq.br/0648336163497567
Engenheiro (EESC-USP). Doutor (UNICAMP). Professor Doutor (UNICAMP), Professor do Curso de Especialização em Engenharia da Qualidade (UNICAMP), Professor da Pós-Graduação em Gestão (UNIMEP). Ex-Diretor Técnico do Sindiforja (ligado ao Sindipeças).


João Mário Csillag
http://lattes.cnpq.br/0051191602390447
Engenheiro (ITA), Mestre e Doutor em Administração de Empresas (EAESPFGV), Professor Titular e Ex-Chefe do Depto. de Produção, Logística e Operações Empresariais da EAESP-FGV. Juiz do PNQ. Autor do livro “Análise do Valor” - Editora Atlas.


Marcio Migues
Engenheiro, Pós-graduado, especialista em qualidade, atuou na Volkswagen e atual Diretor de Qualidade Mercosul na Renault. Presidente do Instituto da Qualidade Automotiva (IQA). Coordenou por 12 anos cursos de pós-graduação de qualidade e produtividade.


Vivaldo A. Russo
Engenheiro (UNICAMP). Presidente de Hydraulics Business da América do Sul da EATON. Professor do Curso de Especialização em Engenharia da Qualidade (UNICAMP). Membro e ex-Diretor da SAE BRASIL.

Shell e Basf são condenadas a pagar R$ 620 milhões por contaminação em SP

MAURÍCIO SIMIONATO
DE CAMPINAS
Atualizado às 19h35.
A Justiça do Trabalho de Paulínia (117 km de SP) condenou nesta quinta-feira as empresas multinacionais Shell e a Basf a pagar R$ 620 milhões de indenização por danos morais devido a um caso de contaminação de trabalhadores por substâncias tóxicas.
As empresas também terão que custear assistência médica aos ex-funcionários e indenizações individuais a eles. Cabe recurso à decisão.
A sentença é resultado de uma ação coletiva movida pelo Ministério Público do Trabalho e pela associação dos ex-trabalhadores da extinta fábrica de agrotóxicos no bairro Recanto dos Pássaros, em Paulínia.
Os filhos de empregados contratados, autônomos e terceirizados que nasceram durante ou após a prestação de serviços também receberão assistência médica.
Os R$ 620 milhões de indenização terão de ser revertidos ao FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), ligado ao Ministério do Trabalho.
De acordo com a Justiça, os ex-funcionários que trabalharam na fábrica de agrotóxicos foram expostos e contaminados por substâncias químicas. O caso é apurado desde de 2001.
A Shell iniciou produção de agrotóxicos no local em 1977. Em 1994, a Shell vendeu a fábrica para a Cyanamid e, em 2000, a Basf comprou a mesma área e o passivo da Cyanamid. A fábrica foi desativada em 2002. Pelo menos mil funcionários passaram pelas empresas no período.
A Shell informou por meio de nota que, "confiando na Justiça e na defesa de seus direitos, irá recorrer às instâncias superiores".
A Basf informou, em nota, que "vai recorrer da decisão, pois não concorda com o absurdo da sentença proferida que se baseou na contaminação ambiental causada e assumida pela Shell".
A Justiça também determinou que as empresas têm cinco dias, a partir de hoje, para publicar um edital de convocação dos trabalhadores e descendentes abrangidos pela decisão nas duas maiores emissoras de TV do país, em duas oportunidades.
Cada ex-trabalhador e cada filho de ex-trabalhador nascido durante ou depois da prestação de serviços também deverá receber o montante de R$ 64.500.

Favelas do Rio de Janeiro deverão ser urbanizadas até 2020

Notícias em Foco
02/08/10

Prefeitura firmou acordo com o IAB-RJ para a realização de concursos e seleção de equipes capacitadas para a elaboração dos projetos urbanísticos e arquitetônicos.

A Prefeitura do Rio de Janeiro lançou o programa "Morar Carioca", que prevê a urbanização de todas as favelas da cidade até 2020, com o objetivo de promover a implantação de um sistema de controle e ordenamento da ocupação e uso do solo urbano. O programa faz parte do "Plano de Legado Urbano das Olimpíadas de 2016" e deve receber um investimento de R$ 2 bilhões até 2012, provenientes da Prefeitura da Cidade, do Governo Federal e do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

Caberá ao IAB-RJ Instituto de Arquitetos do Brasil do Rio de Janeiro promover concursos e selecionar em até dois anos equipes interessadas e capacitadas à elaboração dos projetos urbanísticos e arquitetônicos necessários ao programa, como a delimitação dos assentamentos, a produção dos diagnósticos das condições físicas, sociais e jurídicas desses locais, e a produção dos planos de intervenção e dos projetos básicos. O Instituto também deverá auxiliar a Secretaria Municipal de Habitação da cidade quanto á capacitação, promoção e publicação de estudos técnicos visando a garantir a qualidade dos produtos.

A ideia do projeto é urbanizar 571 favelas existentes na cidade. A Prefeitura ficará responsável pela implantação dos serviços básicos de conservação da infraestrutura e dos equipamentos sociais, como iluminação, pavimentação, drenagem e limpeza; implantação de um sistema de controle do surgimento e do crescimento irregular de favelas, sob fiscalização da Secretaria Especial da Ordem Pública (Seop); o mapeamento anual das favelas, através de fotos aéreas e satélites (antes era atualizado de quatro em quatro anos); ampliação da Legislação Urbanística, através do aumento do número de Postos de Orientação Urbanística e Social (POUSO) de 30 para 130; e reassentamento das famílias em áreas de risco pelo Programa Minha Casa, Minha Vida.


Fonte: Mauricio Lima

CINCO DICAS DE ERGONOMIA

Lendo um antigo post sobre ergonomia, descobri o motivo de algumas de minhas queixas de dores pelo corpo. Presto pouca atenção no meu posicionamento e isso acaba me prejudicando. Como sei que este não é apenas um problema meu, resolvi replicar aqui as 5 dicas de ergonomia essenciais para não se ter problemas futuros.
1. Tenha espaço: sua área de trabalho deve ter espaço suficiente para você e para os seus documentos e outros objetos de trabalho. Nada de trabalhar com as pernas pressionadas contra o tampo, o apoio ou o fundo da mesa, nem de se contorcer ou dar voltas para entrar ou mudar de posição, e muito menos de malabarismos para “fazer caber” todos os seus instrumentos de trabalho sobre a mesa.
2. Teclado e mouse: se você ainda não sabe, aprenda a digitar como profissional, pois as técnicas herdadas da datilografia otimizam os movimentos. Posicione seu teclado em uma altura confortável -geralmente se recomenda que o seu cotovelo fique dobrado em ângulo reto, e o punho neutro (“reto”), portanto o teclado deve estar pouco abaixo da altura do cotovelo. Mesa com altura e posição reguláveis para o teclado é um luxo que você deve procurar ter, assim como teclados com posicionamento e distribuição de teclas que considerem a ergonomia. O mouse deve estar apoiado na mesma superfície do teclado, para reduzir a tração necessária para movimentar o braço até ele. Use as configurações do sistema operacional para obter conforto na movimentação do mouse. Se puder, experimente o uso de trackballs ou trackpads como substitutos do mouse.
3. Temperatura: Em escritórios onde trabalham várias pessoas e há ar condicionado, as discussões sobre a regulagem dele são constantes. O melhor é definir uma temperatura padrão. No Brasil, costuma-se adotar como temperatura ideal para ambientes refrigerados no verão o intervalo entre 24 e 26 graus, e no inverno (quando há aquecimento) 20 a 22 graus. Façam uma vaquinha, comprem um termômetro e resolvam a questão de forma definitiva!
4. Monitor: Posicione seu monitor entre 45cm e 70cm de distância em relação a seus olhos, nunca acima da linha de visão quando confortavelmente sentado com boa postura. Procure ter um suporte de monitor que permita reconfiguração fácil de ângulo e altura sempre que necessário, e lembre-se de fazer pausas, piscando intencionalmente e olhando para objetos a mais de 6m de distância, regularmente. Posicione o monitor de forma a remover a incidência de reflexos visíveis de janelas e lâmpadas, e regule o tamanho das letras e controles de forma a enxergá-los sem esforço.
5. Notebooks: A conveniência de usar o notebook sobre as mais variadas superfícies (incluindo o seu colo) pode e deve ser aproveitada sempre que necessário. Mas se você o usa como instrumento de trabalho diário, o melhor é colocá-lo sobre a mesa e tratá-lo como um computador qualquer, preferencialmente providenciando um teclado e mouse externos, para poder posicioná-los de forma independente da tela, preservando assim as alturas e distâncias corretas.
Fonte: Carreira e Sucesso - Autor: Vinícius Mont Serrat
Fonte: http://marcoskraide.com.br/5-dicas-de-ergonomia.html?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed:+Kraidicas+(Kraidicas)
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segunda-feira, 30 de agosto de 2010

LOGÍSTICA

LLX Logística recebe benefício fiscal de R$ 70 milhões
Brasil Econômico 26/08/2010

A LLX Logística informou nesta quinta-feira (26) que a Receita Federal aprovou a habilitação da LLX Sudeste Operações Portuárias, subsidiária da companhia, no Regime Tributário de Incentivo à Modernização e à Ampliação da Estrutura Portuária (Reporto).
Em conseqüência, o Superporto Sudeste poderá realizar as aquisições de máquinas e equipamentos, no mercado interno ou externo, com a suspensão dos tributos: Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), da Contribuição para o PIS/Pasep, da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e, em alguns casos, do Imposto de Importação.
De acordo com a empresa, estes benefícios fiscais estão estimados em cerca de R$ 70 milhões e se aplicam à aquisição de equipamentos a serem utilizados nas suas operações de carga, descarga e movimentação de produtos.
"O Superporto Sudeste, cujas obras estão avançando em ritmo acelerado, comprará os seus equipamentos operacionais com os benefícios do Reporto e deverá carregar o seu primeiro navio de minério de ferro no início de 2012", comentou em nota Otávio Lazcano, diretor presidente da LLX.
"Com isso estará inaugurado um novo corredor para o escoamento do minério de ferro produzido pela MMX Sudeste e por outras mineradoras do Quadrilátero Ferrífero e que poderá ser expandido para uma capacidade de 100 milhões de toneladas por ano", concluiu.
(Retornar ao início)

Siemens tentará disputar novo trem para Santos
Valor Econômico 27/08/2010


Lançado no início do ano mais como uma hipótese, o plano de fazer um trem de passageiros entre Santos e São Paulo ganhou novas definições. Conversas do governo paulista com possíveis fornecedores indicam que a obra é viável, a despeito do complicado trecho de subida na Serra do Mar - o projeto quer utilizar como base parte de uma antiga linha desativada nos anos 70, na qual os trens eram puxados por cabos. Segundo fornecedores, trens comuns também podem cumprir a tarefa.
A divisão de transportes da Siemens é até agora a candidata mais envolvida no projeto. A empresa vem participando de estudos preliminares, e identificou o tipo de composição e equipamento adequado ao trecho. Trata-se de um trem destinado ao transporte regional - batizado Desiro ML -, adotado em sete países, entre eles Alemanha, Suíça, Bélgica e Inglaterra. De acordo com a empresa, o modelo pode vencer o trecho de subida da serra usando uma composição curta, de dois carros, o suficiente para acomodar 200 pessoas.
Segundo Juarez Barcellos, gerente de vendas da Siemens, o trem oferecido pela empresa conseguiria subir a 90 km/h o trecho da Serra do Mar, vencendo uma inclinação de 8% - ou seja, a cada 100 metros percorridos, o trem sobe 8 metros. A inclinação, segundo o executivo, é pouco usual em ferrovias. Vencida a serra, o trem desenvolveria uma velocidade de 160 km/h no planalto, até São Paulo.
O produto da Siemens faria o trajeto em 45 minutos, dentro do tempo estimado pelo governo paulista, que queria o trecho coberto em até 50 minutos. A previsão de tráfego é de algo entre 30 e 50 mil passageiros ao dia, o equivalente a cerca de 15% a 20% do volume de uma linha urbana da CPTM. A visão do governo é de que trata-se de uma demanda com grande potencial de crescimento, devido ao futuro impacto da exploração do pré-sal na ocupação urbana da baixada santista.
O executivo da Siemens diz que a empresa não tem uma estimativa de custo da obra, que está por conta do governo, mas observa que o seu produto reduz custos devido à pouca necessidade de alteração no traçado já existente no trecho de serra. Quanto aos trens, custariam pouco mais do que o preço de um equipamento convencional destinado ao Metrô ou à CPTM, algo perto de US$ 3 milhões por cada carro da composição. Também ainda não há projeção de quantos trens precisariam ser adquiridos para dar conta da demanda.
Em março o então governador José Serra assinou um decreto expandindo a área de atuação da Secretaria de Transportes Metropolitanos, que passou a abranger todo o Estado. A secretaria criou então um grupo de trabalho para estudar a implantação dos trens expressos para Sorocaba e para a baixada Santista. Também havia planos para levar linhas para São José dos Campos e Campinas, mas essas foram deixadas de lado com a definição do trem-bala.
De início o trem até Sorocaba foi considerado mais viável, devido à possibilidade de utilizar linhas já instaladas, hoje sob concessão da ALL Logística. O trem de Santos depende da superação da Serra do Mar e ainda terá de passar por linhas de uso misto para carga e passageiros. O trecho compartilhado pela CPTM e a MRS Logística, cruzando São Paulo, é alvo de projetos para separar as linhas e viabilizar um uso intenso tanto para carga como para transporte urbano.
A Secretaria de Transportes Metropolitanos não quis comentar o projeto do trem para Santos. Outras empresas do setor ferroviário com presença no Brasil - como Alstom, CAF e Bombardier - disseram ter interesse no projeto e produtos que podem atendê-lo, mas não confirmam ter tratado com o governo sobre maiores detalhes.
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ENERGIA ELÉTRICA

Representante de Belo Monte diz que todos serão ouvidos
Portal Exame 26/08/2010

Carlos Nascimento, da Norte Energia, garante que `nunca antes um projeto foi tão estudado´
O presidente da Sociedade de Propósito Específico do Consórcio Norte Energia - que venceu a licitação para a construção da Hidrelétrica de Belo Monte -, Carlos Nascimento, garantiu hoje (26), durante a assinatura de concessão da usina, que ela será a única construída no Rio Xingu e que nenhuma compensação, tanto ambiental quanto para as comunidades locais, será deixada de fora.
"A população e as comunidades podem confiar nas palavras e ações da Norte Energia para evitar impactos. Ninguém deixará de ser ouvido e de participar do processo de escolha das formas de indenização", afirmou.
Segundo Nascimento, nunca um empreendimento foi tão estudado. Os possíveis impactos causados pela obra foram tema de teses sobre os reflexos físicos, bióticos (relativo à vida ou aos seres vivos) e socioeconômicos. Segundo ele, a expectativa é de que a usina gere 18 mil empregos diretos, 23 mil agregados e beneficie pelo menos 54 mil pessoas, incluindo familiares.
O ministro de Minas e Energia, Marcio Zimermann, lembrou que a obra da Usina de Santo Antônio formou cerca de 30 mil jovens da região para uma profissão. "Isso para uma usina leiloada em 2007 e que ainda não está em operação". A Hidrelétrica de Santo Antônio deve entrar em operação no prazo de 30 meses.
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BELO MONTE
Estado de Minas 27/08/2010

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou hoje o contrato de concessão da hidrelétrica de Belo Monte, um projeto no coração da Amazônia que qualificou de “vitória do setor energético”, embora provoque a remoção de 50 mil pessoas, segundo os grupos que se opõem à construção. O ministro de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, afirmou que a hidrelétrica, que será construída no município paraense de Altamira, perto de onde desemboca o Rio Xingu no Amazonas, “tem um importante papel no desenvolvimento” da região. As obras foram licitadas em leilão público a um consórcio liderado pela Companhia Hidreelétrica do São Francisco (Chesf) e no qual também participa a construtora Queiroz Galvão. Segundo os cálculos do governo, a represa terá um custo de R$ 20 bilhões e terá um potencial máximo de pouco mais de 11 mil megawatts nos períodos de cheia do Rio Xingu, um dos principais afluentes do Amazonas.
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Compra de energia pode ser obrigatória
Folha de São Paulo 27/08/2010

Planalto discute obrigar consumidores a adquirir energia nuclear, sem leilão, a fim de tornar negócio rentável
Estudo para conceder à iniciativa privada operação de energia nuclear causa atritos dentro do governo
O governo federal estuda abrir à iniciativa privada a construção e a operação de usinas nucleares, algo que, constitucionalmente, é monopólio do Estado.
Para que o negócio seja rentável, o Planalto discute obrigar os consumidores a comprar a energia nuclear, sem necessidade de participação em leilões, como exige o atual modelo do setor elétrico, elaborado pela então ministra de Minas e Energia e hoje candidata à Presidência, Dilma Rousseff.
O custo de erguer uma usina do porte de Angra 3 (RJ) está entre R$ 8 bilhões e R$ 10 bilhões. O governo não possui fôlego para construir sozinho as quatro plantas nucleares previstas no Plano Decenal de Energia.
Representantes de empresas interessadas já discutem o assunto em gabinetes de Brasília, segundo a Folha apurou. É o caso da franco-belga Suez (dona de parte da hidrelétrica de Jirau), da alemã Siemens, da japonesa Toshiba, da norte-americana GE e da francesa Areva.
O arranjo em estudos prevê uma espécie de concessão, na qual o direito de propriedade das usinas continuará sendo do Estado.
A compra compulsória pelos consumidores é vista pelo governo como uma tentativa de garantir que as plantas nucleares previstas efetivamente saiam do papel.

PREÇO ALTO
O preço da energia dessas usinas (Angra 3, ainda em construção) é alto: cerca de R$ 150 o megawatt-hora -ante R$ 78 da hidrelétrica de Belo Monte, por exemplo. Isso impede a oferta em leilões a um preço competitivo.
Por isso o plano de empurrar compulsoriamente a energia aos consumidores, como é feito hoje com Itaipu.
O estudo já começa a gerar atritos no próprio governo, porém. Um dos que defendem o monopólio é o ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende. Sob sua pasta está a CNEN (Comissão Nacional de Energia Nuclear), agência reguladora da atividade nuclear no país.
"Há condições de o Estado construir essas usinas. O PIB brasileiro cresceu nos últimos anos. São R$ 8 bilhões a R$ 10 bilhões por usina, e só no pré-sal o Brasil vai investir mais de US$ 100 bilhões."
Segundo Rezende, a desregulamentação neste momento poderá atrapalhar a aquisição da tecnologia de construção de reatores, que o Brasil ainda não domina.

INDEFINIÇÃO
O modelo não dá às múltis o direito de participar das etapas de obtenção do combustível nuclear, parte que permaneceria totalmente estatal, por ser estratégica.
Não está definido, no entanto, se o capital privado poderá ser majoritário nas usinas. As multinacionais fazem lobby pelo controle da concessão, com mais de 51% de participação. Os ministérios de Minas e Energia e da Casa Civil, no entanto, defendem participação privada minoritária, de até 49%.
Luiz Fernando Vianna, presidente da Apine (Associação dos Produtores Independentes de Energia), confirmou à Folha que o ministro de Minas e Energia, Marcio Zimmermann, e o secretário de Planejamento Energético da pasta, Altino Ventura, abriram conversações sobre a quebra do monopólio.
Pelo menos três empresas associadas à Apine já declaram desejo de participar desse novo mercado -Suez, Endesa e Enel.
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Emenda abre setor nuclear para empresas – Folha de São Paulo 27/08/2010

Intenção é aproveitar PEC já em tramitação e agilizar discussão sobre participação privada em usinas nucleares
Mudança na forma de comercialização da energia nuclear seria feita via projeto de lei ou medida provisória
Para agilizar a participação privada em usinas nucleares, o governo federal quer pegar carona em uma proposta de emenda constitucional que já tramita no Congresso.
Falta apenas decidir se o lobby será feito ainda neste ano, logo depois das eleições, ou em 2011, mais provável, se vitoriosa a candidata petista Dilma Rousseff.
A ideia da Casa Civil é aproveitar a PEC 122/2007, de autoria do deputado federal tucano Alfredo Kaefer (PR).
O texto, que abre o setor nuclear ao capital privado, já recebeu parecer favorável da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara.
Quanto à mudança na forma de comercialização de energia nuclear, hoje feita por leilão, o governo discute duas opções: projeto de lei ou medida provisória.
Técnicos defendem, no entanto, que o modelo possa ser alterado por meio de decretos ou resoluções da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).
A decisão do governo de privatizar e acelerar o desenvolvimento nuclear passa por dois entendimentos.
Primeiro, o país tem vantagens estratégicas nessa área, já que é um dos únicos três do mundo (além de Rússia e EUA) que detêm o ciclo do combustível nuclear, usam urânio para gerar energia e têm reservas do minério.
Segundo, as hidrelétricas baratas já foram ou estão sendo construídas. O preço dessas usinas deve crescer e tende a se equivaler ao das usinas nucleares, cuja curva de custos não tem oscilado.

NACIONALIZAÇÃO
Conforme a Abdan (Associação Brasileira de Desenvolvimento de Atividades Nucleares), a meta é chegar a 2030 com um índice de nacionalização de equipamentos das usinas de 60% (Angra 3 é 30% nacional).
A Abdan e o Ministério de Ciência e Tecnologia já encomendaram levantamentos das empresas nacionais que podem fornecer equipamentos para as novas usinas.
O país também pretende triplicar a capacidade atual de exploração de urânio.
Atualmente, o Brasil detém a sétima maior reserva mundial do minério, com pelo menos 280 mil toneladas de urânio provadas.
A estatal Indústrias Nucleares do Brasil (INB) quer que a mina de Caetité, na Bahia, amplie sua produção de 800 toneladas em 2012 para 2.700 toneladas em 2015, quando entra em operação a usina Angra 3.
Essa usina representará um acréscimo no consumo de concentrado de urânio de cerca de 290 toneladas a cada 14 meses.
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Energia Eólica já compete com biomassa e domina leilão de alternativa
Folha de São Paulo 27/08/2010

As fontes de geração de energia eólica dominaram ontem o segundo Leilão de Fontes Alternativas, organizado pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).
O resultado confirmou a tendência de redução dos preços por megawatt-hora para esse tipo de fonte de energia. O leilão ocorreu em São Paulo.
O preço médio de venda dessa fonte para contratos de 20 anos foi de R$ 134,23/MWh, deságio de 19,6% sobre o preço-teto. Nesse tipo de contrato, os projetos de eólicas competiram com as usinas de açúcar e álcool e venceram de longe.
Dos 51 projetos, apenas 1 térmica, localizada na região Sudeste, conseguiu vender energia nesse leilão, a R$ 137,92. As demais 50 usinas são eólicas. A maior parte fica na região Nordeste. O restante será instalado na região Sul.
O preço também foi menor do que os de projetos de PCHs (pequenas centrais hidrelétricas). Os contratos de 30 anos fechados por empreendedores de PCHs tiveram preço preço médio de R$ 146,99/MWh, deságio de apenas 5,17%.
No leilão de energias alternativas, a venda alcançou cifra de R$ 17,5 bilhões. Esse valor corresponde ao volume de energia que será entregue aos consumidores ao longo da vigência dos contratos, de 20 a 30 anos. Todas essas usinas terão de iniciar o fornecimento em 2013, segundo a Aneel.
A principal empresa a negociar energia eólica no leilão de fontes alternativas foi a espanhola Iberdrola. A estatal Chesf veio em seguida.
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Empresários querem iniciar obra da usina de Belo Monte neste ano
Folha de São Paulo 27/08/2010
O contrato de concessão da usina hidrelétrica mais polêmica do país, Belo Monte, foi assinado ontem, sob o otimismo dos empresários de que as obras devem começar ainda este ano.
Segundo Carlos Raimundo Nascimento, presidente da Norte Energia, a meta é começar as obras após o Ibama emitir a licença -última pendência para a construção.
Nascimento afirmou já contar com R$ 560 milhões de uma SPE (Sociedade de Propósito Específico) com 18 empresas -estatais, empreiteiras, fundos de pensão e investimento-, feita para construir a usina, no rio Xingu, no Pará.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que a usina, que demorou três décadas para sair do papel, só é um empreendimento viável pela interferência do governo.
"O Estado entendeu que, se não entrasse no compartilhamento de responsabilidades, sozinha era difícil alguma empresa assumir essa obra."
O governo participou do leilão da usina e agora compõe parte da Norte Energia, por meio de Eletrobras e outras.
O ministro de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, falou que haverá fomento à política de desenvolver conteúdo local para a obra.
Belo Monte terá financiamento do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e aportes da Norte Energia.
A usina tem previsão de ser concluída em 2015, e será a segunda maior hidrelétrica do país, atrás de Itaipu.
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Belo Monte receberá R$ 560 mi este ano
Valor Econômico 27/08/2010

O consórcio Norte Energia, responsável pela construção da hidrelétrica Belo Monte, no rio Xingu (PA), prepara um aporte de R$ 560 milhões até o fim do ano para iniciar as obras. Segundo Carlos Nascimento, presidente do consócio, cerca de R$ 260 milhões serão usados na conclusão de estudos e montagem da empresa. Os R$ 300 milhões serão aplicados na construção do canteiro de obras. As declarações foram feitas ontem, durante cerimônia de assinatura do contrato de concessão de Belo Monte, no Palácio do Planalto.
Para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o dia de ontem deve ficar marcado na história do setor elétrico. "O que está acontecendo é o fim de um período em que as pessoas tinham medo de governar, o fim de um período em que as pessoas tinham medo de debater. Nós estamos tornando possível algo que durante 30 anos parecia impossível."
Com onze mil megawatts (MW) de potência, o equivalente a 10% da capacidade de geração do Brasil, Belo Monte será a terceira maior hidrelétrica do mundo, atrás de Três Gargantas, na China (22,5 mil MW) e de Itaipu (14 mil MW). Quando estiver no pico das obras, Belo Monte vai gerar 18 mil empregos diretos.
O início das obras, no entanto, depende de licença prévia do Ibama, liberação que o consórcio Norte Energia espera receber nas próximas semanas. Lula disse que o novo projeto de Belo Monte é menos agressivo ambientalmente do que o original. "O projeto original, no mínimo, era 50% maior do que este projeto, o lago era muito maior. Na medida em que a gente começa a compreender que a questão ambiental também não é uma questão secundária, passamos a compreender que era possível fazer um projeto melhor, mais adequado, e tivemos mais gente do nosso lado", afirmou o presidente.
Segundo Lula, o governo mudou a concepção de debate dos projetos, o que facilitou a assinatura do contrato, ao quebrar preconceitos e barreiras. O presidente disse que havia uma época em que o Estado não dava a menor importância para aqueles que estavam do lado de uma hidrelétrica "gritando que estavam sendo prejudicados e, em vez de conversar, muitas vezes o Estado os tangia de lá com aparatos policiais."
A aceleração das obras depende não apenas da liberação de licenças ambientais, mas do ritmo da entrega dos equipamentos pesados. As negociações para o fornecimento das turbinas envolvem dois consórcios de empresas. Diferentemente da usina de Jirau, no rio Madeira, onde boa parte das turbinas que serão instaladas vem da China, Belo Monte vai priorizar a fabricação nacional dos equipamentos.
No mês passado, o diretor da Chesf, José Ailton de Lima, havia anunciado que mantinha conversações com os europeus Alstom, Voith Siemens e Andritz. As três possuem fábricas de turbinas no Brasil. As negociações ainda envolveriam a argentina Impsa, e mais dois grupos, um do Japão e outro da Rússia.
O presidente destacou que o fortalecimento da Eletrobras foi fundamental para o novo momento vivido pelo setor. "Não adiantava nada a gente ter uma empresa pública que era proibida de participar de leilão, era proibido construir, que existia apenas para receber a dívida de Itaipu. Hoje é uma empresa que tem capacidade de aportar recursos, tem capacidade de assumir compromissos."
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Impsa e Iberdrola tomam conta de leilão
Valor Econômico 27/08/2010

A Iberdrola, maior companhia de energias renováveis do mundo, fincou o pé definitivamente no mercado de geração eólica no Brasil - e de forma agressiva. A empresa espanhola foi uma das maiores vendedoras de energia do leilão de fontes alternativas realizado ontem pelo governo federal e ajudou a derrubar os preços dessa fonte de energia no país. Em número de megawatts negociados, a Iberdrola só perdeu para a Impsa, que, por meio de sua controlada Energimp ,foi a maior vendedora com estratégia traçada junto com o fornecimento de equipamentos da fabricante argentina.
O leilão negociou ao todo 714 megawatts de energia provenientes de eólicas, biomassa e pequenas centrais hidrelétricas. Somente em eólicas, o montante vendido foi de 644 megawatts médios, de 50 diferentes parques e que juntos terão capacidade instalada de 1.850 MW. Os investimentos estimados pela Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica) para erguer essas dezenas de parques é de R$ 4,5 bilhões.
Até o fechamento desta edição ainda não havia terminado o leilão de reserva, onde também as eólicas estavam disputando. De qualquer forma, os resultados do leilão de fontes alternativas apontaram para uma queda significativa dos preços se comparado à licitação que aconteceu em 2009. O preço médio ficou R$ 134,23 o MWh, uma queda de cerca de 10% em relação ao ano passado em um leilão que durou cerca de cinco horas e meia. Os preços fechados ontem começam a fazer a eólica se aproximar do custo de algumas usinas hidrelétricas e já estão mais em conta do que os custos de pequenas centrais hidrelétricas ou da energia da biomassa, que ficam cerca de R$ 10 por MWh mais caros.
De acordo com o diretor executivo da ABEEólica, Pedro Perreli, a disputa dos fornecedores permitiu que os preços caíssem ainda mais, mas foi também o tamanho dos competidores que definiu a agressividade na disputa. A Iberdrola Renovables tem hoje no mundo um parque de mais de 11 GW. Se a empresa fosse um país, ela seria hoje a quinta maior potência do mundo em energia eólica, segundo dados da ABBEéolica. Pelos números de 2009 ela ficaria atrás dos Estados Unidos, China, Alemanha, Espanha. Com esse tamanho, a empresa consegue baixar preços já que compra equipamentos em lotes.
A empresa vendeu ontem no leilão, em parceria com a Neoenergia (na qual também é sócia), cerca de 110 MW médios de energia, de nove parques eólicas e terá uma receita anual aproximada de R$ 130 milhões.
Os preços dos equipamentos junto com o potencial dos parques eólicos são fundamentais para definir o preço da energia. Neste aspecto, a Impsa também tem vantagem já que é fornecedora de equipamentos. A empresa já tinha sido uma das maiores negociadoras do leilão passado, em que a Iberdrola esteve ausente. Ontem, os argentinos sob a Energimp negociaram 120 MW de energia de nove diferentes parques, entre eles três sob o nome de Asa Branca. Foram oito os empreendimentos Asa Branca que venceram o leilão, mas pertencem a donos diferentes.
Mas os novatos também fizeram parte do leilão de ontem. A Galvão Energia, empresa ligada à de construção Galvão Engenharia, fez sua estreia ontem e vendeu quatro parques, se comprometendo a investir R$ 400 milhões nos próximos três anos. A Ersa, empresa de energias renováveis do Pátria Investimentos, também foi vencedora no leilão. A empresa também vendeu quatro parques eólicos, que somam 78 MW, e ainda uma PCH de 20 MW. Os investimentos da Ersa vão chegar a R$ 440 milhões. Ao todo, os empreendimentos vendidos ontem vão ter uma receita nos próximos 20 e 30 anos de R$ 17,5 bilhões.
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